A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) publicou nesta segunda-feira (29) no Diário Oficial da União uma resolução determinando o recolhimento de um lote do achocolatado Itambezinho e a suspensão da venda do produto por 90 dias em todo o território nacional.
O lote retirado de circulação é o que está envolvido na investigação policial sobre a morte de uma criança, em Cuiabá, no Mato Grosso, que pode estar relacionada com a ingestão da bebida.
A empresa Itambé Alimentos S/A, responsável pelo produto, esclarece que realizou análises internas do lote mencionado e nenhum problema foi encontrado na composição. Além disso, garante que "outras análises estão sendo feitas por laboratórios do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cujos laudos serão disponibilizados no decorrer da semana".
Até o momento, a Itambé não foi notificada de outros casos similares relativos ao produto em questão.
Investigação
Um menino de dois anos morreu na última quinta-feira (25) e sua mãe afirma que ele passou mal minutos depois de tomar uma caixa de achocolatado, sentindo falta de ar e "corpo mole", de acordo com a Folha de S. Paulo.
A criança estava resfriada há dois dias, soltando coriza, mas sem febre. Ele foi levado ao hospital na quinta-feira e teve uma parada cardiorrespiratória depois de aproximadamente uma hora, segundo a Polícia Civil.
A mãe, de 28 anos, diz ainda que ela e o tio da criança provaram um pouco do achocolatado depois do ocorrido, e também sentiram torturas e náuseas. O tio chegou a ir ao pronto-socorro.
A polícia apreendeu cinco caixas do achocolatado da marca Itambezinho na casa da vítima, três fechadas e duas abertas. A mãe disse que ganhou as caixas de um vizinho.
O laboratório forense da Polícia Civil ainda irá realizar a análise do produto e examinar amostras colhidas da necropsia da criança para chegar a uma conclusão sobre a causa da morte.
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