Campo Grande News
O episódio que resultou na prisão por desacato do empresário Rodrigo Costa ao vereador Elizeu Dionizio (SDD), nesta quinta-feira (10), expôs também a necessidade da Câmara Municipal reforçar sua segurança para evitar que excessos possam prejudicar os trabalhos e até a integridade de quem trabalha e acompanha as sessões.
“Pedi um detector de metais porque do jeito que as coisas andam, um dia alguém pode entrar aqui armado”, comenta Juliana Zorzo (PSC). “Manifestações são bem-vindas, mas precisam ser ordeiras”.
De acordo com o vereador Flávio César (PT do B), as manifestações recentes que a Câmara e até “agressões constantes” contra os vereadores. Ele defendeu uma forma de manter os trabalhos e “não fechar as portas”.
Como na próxima terça-feira (15) a Casa de Leis volta à votação o pedido de Comissão Processante contra o prefeito Alcides Bernal (PP), não se descarta que haja reforço na segurança do local.
“Entendo que é a casa do povo, mas é preciso responsabilidade nestas manifestações. Vou consultar os órgãos de segurança sobre que medidas poderemos tomar a partir de agora”, destaca o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB). “Não temos pessoal treinado para esse tipo de situação, porque confiamos nas pessoas que vem acompanhar os trabalhos”.
Caso de polícia – Durante a sessão de hoje, o empresário Rodrigo Costa chegou a questionar o vereador Elizeu Dionizio dizendo que “ele não era ninguém para falar em cassação do prefeito, quando tinha um esquema da sua empresa com a Câmara e foi eleito porque investiu R$ 200 mil na campanha”.
Rodrigo também foi candidato pelo PHS (Partido Humanista da Solidariedade) e acabou ofendendo o vereador com xingamentos, ao que recebeu voz de prisão de Dionizio que alegou, inicialmente, “desacato a servidor público no exercício de suas funções”.
Acompanhado do vereador Marcos Alex (PT), que lhe conseguiu um advogado, o empresário foi encaminhado por policiais civis para o 1º DP.
Esta não é a primeira vez que Rodrigo se envolve em debate com vereadores na Câmara, no dia 4 de setembro ele chegou a discutir também com o vereador Paulo Pedra (PDT), mas não nas mesmas proporções desta quinta-feira.
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