A medida provisória anunciada ontem (10) e publicada nesta quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff (PT) motivou o enfraquecimento do movimento de protestos de caminhoneiros em Mato Grosso do Sul. Hoje, apenas uma rodovia tinha bloqueios, mas reunião feita entre cooperativa e empresários definiu pela não continuidade do movimento, pelo menos nas rodovias ao redor de Campo Grande.
De acordo com Valcir Francisco da Silva, presidente da Cooperativa de Transportes do Estado de MS (Cotrapan), uma reunião realizada nesta manhã na Capital reuniu mais de 80 caminhoneiros e proprietário de empresas de transporte.
Entre eles, o consenso era único. O endurecimento do Governo Federal aumentando multas para caminhoneiros e organizadores de bloqueios fez com que muitos desistissem de integrar movimentos de paralisação nas estradas.
De acordo com ele, novas manifestações não ocorrerão em Campo Grande, mas se caminhoneiros do interior do Estado, como acontece hoje na BR-267, em Maracaju, decidiram montar bloqueios perto da Capital, apoio será dado pelos trabalhadores que atuam em Campo Grande.
MEDIDA PROVISÓRIA
A medida provisória cria nova categoria de multa para quem organizar iniciativas que obstruam as estradas e rodovias. Nesse caso, os organizadores dos movimentos serão multados em R$ 19.154 reais. O valor, no entanto, sobe para R$ 38.308 se houver reincidência.
O Código Nacional de Trânsito já prevê uma multa de R$ 1.915 para quem promover nas vias públicas competição, eventos organizados, exibição e demonstração de perícia sem permissão da autoridade de trânsito. A atual punição será mantida. Mas, se houver obstrução deliberada com o uso veículo, o condutor será enquadrado em uma infração gravíssima. Com isso, o motorista receberá multa de trânsito de R$ 5.746, podendo dobrar o valor para R$ 11.492 em caso de reincidência.
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