Dourados MS

Bombeiro salva bebê por telefone com a ajuda da vó

Leonardo Davi tinha apenas 26 dias de vida quando deu um susto na família. A avó dele ligou na segunda-feira (02) ao telefone 193 de emergência do Corpo de Bombeiros para relatar que ele havia engasgado e parecia não estar respirando. Quem atendeu foi o cabo Eden Nascimento da Silva, que com a ajuda da avó salvou a criança pelo telefone mesmo.

“A avó estava em pânico total, dizendo ‘ele não está respirando’. Então, primeiro tive que tranquilizar a vó e ela foi me contando o que aconteceu”, relatou o bombeiro. Ela contou a Eden que a mãe estava amamentando o bebê, que teria engasgado e depois parado de reagir.

Quando o ocorrido foi detalhado, o bombeiro foi passando segurança para a avó e explicando o procedimento que ela deveria fazer para reanimar o bebê. Nessa altura, ela dizia que ele não estava respirando e ficando roxinho. A mãe, Eden ouvia ou fundo desesperada.

Ele disse à vó para colocar o bebê de bruços na região da coxa e dar cinco palmadas nas costas entre os ombros. O procedimento foi repetido até bebê começar a fazer um barulhinho e reagir, deixando o leite sair. Enquanto Eden passava os procedimentos pelo telefone, uma equipe dos bombeiros já estava se deslocando até a casa. A equipe levou em torno de cinco minutos para chegar até a casa da família, mas quando chegou a criança já estava estabilizada.

Eden conta que o atendimento desse tipo não é algo que acontece com frequência, mas é o procedimento para o qual os bombeiros estão sempre preparados em seus treinamentos. Depois do ocorrido, ele foi à casa de Leonardo encontrou com a mãe e a avó da criança.

Quando viu a criança respirando no colo da avó e da mãe, com elas dizendo que se tratava de um milagre, o bombeiro mesmo em seu ofício não conteve a emoção. “A gente acaba envolvido emocionalmente porque fica imaginando que poderia ser um filho da gente”, relata.

Ele conta que nem todas as pessoas percebem a importância do atendimento que é feito por telefone através do 193.

“Quando a gente atende, a pessoa insiste que a gente mande a viatura. A questão é que enquanto a gente faz os questionamentos pelo telefone, já estamos avaliando a gravidade e enviando a viatura. Muitas vezes, enquanto fazemos as perguntas, a viatura já está indo”, relatou, lembrando que o caso do bebê foi assim.

Conforme Eden, é preciso que o denunciante ouça atentamente e responda com sinceridade às perguntas do bombeiro que ligou. Isso porque ele pode orientar para um procedimento de socorro por telefone ou até mesmo compilar as informações para repassar à equipe que está na viatura a caminho. Dessa forma, aqueles que vão in loco chegam mais bem informados sobre o que está acontecendo e dessa forma, agiliza o socorro.

Sobre o bebê ter engasgado, o bombeiro orienta que isso alerta para a importância da prática de colocá-lo para “arrotar”, termo popularmente conhecido. O ideal é colocar a criança na altura do ombro de frente para a mãe na altura do ombro. Depois disso, sempre deitá-la de lado ou de bruços, para diminuir as chances dela engasgar com o leite.

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