A Associação de Moradores do Loteamento Jardim Nova Esperança ingressou com ação na Justiça para conseguir regularizar a situação das cerca de 280 famílias que residem no local. De acordo com a inicial, em 1989 o loteamento foi criado pelo então prefeito Lúdio Martins Coelho, sendo que em 60 dias a Secretaria de Assuntos Fundiários, hoje a Emha (Agência Municipal de Habitação), cadastraria cada morador. Porém nada foi feito até agora, quase três décadas depois.
Relata, ainda, que "todos os anos de eleição, são candidatos a vereadores, a deputados, a prefeitos e a senador, convocam reuniões e mais reuniões, fazendo cadastros, sempre prometendo que vão fazer alguma coisa a respeito, mas ao final da eleição simplesmente desaparecem".
À época foram entregues título provisório dos lotes para cada morador com a promessa de que em dois meses todos estariam com contrato de compra e venda com fim de legalizar o espaço e registrar no cartório de imóveis, conforme determina a Lei Municipal 2223/84 regulamentada pelo Decreto 5112/84.
"Ocorreu que chegou o fim do mandado do prefeito e nada aconteceu, sendo que da entrega dos lotes em diante (1989), todos os anos em época de eleição diversos candidatos a cargos eletivos públicos peregrinam no loteamento, que hoje é bem populoso, prometendo mundos e fundos aos pobres moradores".
Além de pedir a regularização em 180 dias, a defesa da Associação solicita ao menos R$ 5 mil para cada família a título de danos morais, além da suspensão de qualquer ordem da Prefeitura para dar outros fins ao loteamento até que a ação seja julgada e a decisão cumprida integralmente.
Pede também a gratuidade das custas processuais e, levando em consideração o valor unitário de cada lote, cerca de R$ 80 mil, multiplicado por 280, o valor da causa é estimado em R$ 22,4 milhões.
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