Um grupo de aproximadamente 200 professores da Rede Municipal de Ensino (Reme), que apesar de terem dado fim à greve que durou mais de dois meses ainda exigem reajuste de 13,01%, participou, em ato de protesto, do desfile em comemoração aos 116 anos de Campo Grande.
Vestidos com camisetas pretas, com cartazes e mãos e até um caixão com foto de vereadores, os professores se concentraram por volta das 8 horas na Praça do Rádio Clube.
De lá, o grupo saiu em passeata pela cidade até a 14 de Julho. Não estava na programação do desfile a participação dos professores. No entanto, na altura da Rua Dom Aquino, a organização permitiu a inclusão dos professores.
Os profissionais foram precedidos por um grupo de artistas, que se manifestaram varrendo a 14 de Julho em ato de limpeza da corrupção.
Enquanto os professores passavam, os quase 10 mil que acompanham o desfile aplaudiram a atitude.
O presidente da Associação Campo Grandense dos Profissionais da Educação (ACP), Geraldo Alves, foi chamado para subir no palanque por Alcides Bernal (PP), prefeito reconduzido ao cargo por força de liminar.
Ao microfone, Geraldo disse que espera por reunião com Bernal já nesta quinta-feira (27) e aguarda acordo para pagamento do reajuste. Por outro lado, Bernal disse que “a lei foi feita para ser cumprida. Estamos pegando a cidade destruída economicamente e precisará ser reconstruída. Juntos vamos fazer limpeza nessa cidade”, disse.
Símbolo de últimas manifestações na Câmara, que inclusive acabaram em pancadaria, a professora Zelia Aguiar, 55 anos, ficou emocionada durante o ato de protesto e disse que os professores têm esperança. “É um protesto em agradecimento a vereadores da oposição e apoio ao prefeito que está entrando”, disse. Depois do ato, os professores seguiram até o final do desfile e não há novos protestos marcados para esta quarta.
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