A Usina São Fernando recebeu mais um pedido de falência por conta de seu endividamento. Desta vez, a solicitação aconteceu por conta da administradora judicial que acompanha o processo de recuperação judicial da empresa.
Conforme citou o Valor Econômico, a medida dá a opção de convocação imediata de uma nova assembleia de credores a mesma. As dívidas da empresa administrada pelos filhos do empresário José Carlos Bumlai, preso no âmbito das investigações Lava Jato, já chegam a quase R$ 1,1 bilhão.
Agora as próximas medidas do caso ficam a cargo do juiz responsável pelo caso, Jonas Hass Silva Junior, da 5ª Vara Cível de Dourados. De acordo com o novo levantamento da administradora VC Consultoria e Perícia, desde o início de 2015 a empresa vem descumprindo os pagamentos acordados na última assembleia, em 2013.
Em somatória a esse pedido, existem outros como o do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) ocorrido em outubro do ano passado, instituição que teria na época uma média de R$ 300 mi para receber.
Outra empresa que realizou a solicitação foi a Transportadora Roma Logística Ltda devido a uma ação com pouco mais de R$ 143 mil. O fato aconteceu em abril deste ano .
Há mais de dois anos a Usina São Fernando vem passando por grave crise financeira. Em julho de 2015 49% da empresa foi comprada por um grupo de investidores dos Emirados Árabes Unidos, com expectativa de solução dos problemas,o que não aconteceu.
Foi relatada também dificuldade dos produtores rurais de Dourados e de Laguna Carapã para receber pelas terras arrendadas.
Em julho, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) desligou a unidade de cogeração, a São Fernando Energia, após um pedido da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), por inadimplência. .
Ainda conforme o Valor Econômico, Angelo Guerra Netto, sócio da EXM Partners, afirmou que uma proposta de leilão da usina está sendo discutida com os credores e deverá ser apresentada em uma eventual nova assembleia.
Também está sendo avaliada a possibilidade de propor aos credores que eles troquem os créditos que têm a receber por participação acionária na usina.
Caso o pedido falência feito pela administradora judicial seja acatado, os atuais gestores são afastados e substituídos pela administradora, que dá início a um novo processo de classificação dos créditos. Nesse caso, os credores não participam das negociações, como ocorre na recuperação judicial.
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