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Com Força Nacional fora das aldeias, índios fazem protesto na MS-156

Índios prometem fazer um protesto as partir das 8h na MS-156 que liga Dourados a Itaporã e dá acesso à Reserva Indígena. A intenção é pedir ajuda da população e chamar a atenção das autoridades quanto à falta de policiamento nas aldeias.

De acordo com as lideranças da aldeia Jaguapiru, Silvio Leão e Leomar Mariano da Silva, a manifestação será pacífica e a estrada não será bloqueada, a menos que os manifestantes achem no momento que há necessidade. A princípio, os índios vão apenas entregar aos condutores panfletos explicando as reivindicações.

Ainda segundo os líderes, desde o início das ocupações em fazendas de Antônio João, a Força Nacional concentrou as atividades nessa área de conflito. Com isso, a Reserva de Dourados teria ficado sem o policiamento que era realizado pela equipe de segurança que é ligada ao Ministério da Justiça.

Ao final de julho, o judiciário já havia acatado um pedido do MPF (Ministério Público Federal) e determinado a volta da Força Nacional às aldeias Jaguapiru e Bororó. Porém, as lideranças alegam que o policiamento não vem sendo feito no local.

A falta de segurança nas aldeias é um problema antigo e alvo de constante reivindicação por parte dos indígenas. Eles querem o policiamento permanente, como acontece na cidade, e não paliativos. A presença da Força Nacional, por exemplo, é reforçada frequentemente através de decretos do Ministério da Justiça.

Antes do envio das primeiras tropas da Força Nacional – e até posteriormente ao ingresso dos policiais do órgão -, as próprias lideranças se uniam para atender problemas de segurança. Elas iam até os locais onde haviam crimes ou denúncias e posteriormente acionavam os órgãos responsáveis que só atendiam quando requisitados.

Sem qualquer policiamento novamente, as lideranças estão atendendo as ocorrências por conta própria e sem qualquer estrutura para isso.

Para os líderes, a realização da ‘Operação Tekohá II’ pela Polícia Federal que aconteceu na sexta-feira (4) é importante e tem que haver. No entanto, não resolve o problema de falta de segurança nas aldeias.

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