Um dia após o temporal que atingiu Campo Grande, com rajadas de vento que chegaram a 54 km/h e 50,8 milímetros de chuva, diversos moradores limpam a sujeira e contabilizam os prejuízos no bairro José Abrão, região noroeste da cidade. Em uma horta hidropônica, parte da cobertura e cerca foi levada pelo vendaval. O comerciante Sandro Roberto, por exemplo, perdeu ao menos 700 pés de alface que iriam ser colhidos nos próximos cinco dias. Os funcionários calculam prejuízos de R$ 20 mil.
Placas de publicidade e de sinalização também foram arrancadas com a chuva, além de árvores derrubadas com o vento forte, galhos ao chão, falta de energia e casas destelhadas. A dona de casa Olanda Roque, por exemplo, amanheceu limpando a sujeira em frente de casa.
O mestre de obras Volmir Garcia também recolheu muitos galhos que caíram dentro de um clube de esportes e lazer do bairro. Próximo ao campo de futebol, uma árvore foi arrancada pela raiz.
Próximo ao local, nas obras de uma universidade estadual, vários materiais foram lançados a metros de distância. Até a cerca desabou em menos de 20 minutos. O Centro Comunitário da região também foi destelhado pouco antes de ocorrer uma festa no local, segundo o presidente da associação de moradores do bairro, Gilberto Lopes.
A funcionária pública Cleonice de Oliveira Santos comentou que, três horas antes da chuva, ela e o marido saíram para almoçar. Ao retornar em casa encontraram o telhado arrancado pelo vento, deixando o quarto, a cozinha e o banheiro descobertos.
Já na região central, rua Chaad Scaff, o motorista Milton José Soares conta que uma árvore de 15 metros de altura caiu. “Tive que sair às pressas de casa com a minha família. Por sorte ninguém teve ferimentos e os prejuízos não foram maiores”, finalizou.
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