Com a crise cada vez mais forte no Brasil, aumento nos preços, principalmente de energia e alimentos, e a insegurança, o número de pessoas que declararam não ter condições de pagar suas dívidas subiu 31,5% em um ano, em Campo Grande. As informações constam na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Em outubro de 2014, das 75.657 famílias que declararam ter dívidas em atraso, 30.662 disseram não ter condições de pagá-las, enquanto que no mesmo período deste ano, 40.323 famílias campo-grandenses de um total de 78.473 não terão condições de quitar seus débitos.
“É importante acompanhar os indicadores, especialmente com a aproximação do período natalino para perceber o poder de compra do consumidor e entender o comportamento do mercado, especialmente em um período de cautela”, explica o presidente do Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MS, Edison Araújo.
RENDA
Das famílias que declararam ter rendimento mensal de até 10 salários mínimos (R$ 7.880), 63,8% afirmam ter algum tipo de dívida como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestações de carro e de seguros. Desse total, 17,2% afirmam estar muito endividados, 29,9% mais ou menos endividados, 16,7% estão pouco endividados e 36% não tem dívidas deste tipo. Já aqueles que têm rendimentos superiores a 10 salários mínimos, 56% afirma não ter débitos pendentes nessas categorias, já 22% diz estar pouco endividado, 18,6% mais ou menos e 2% muito endividados.
TIPO DE DÍVIDA
A principal pendência financeira das famílias entrevistadas é o cartão de crédito, declarado por 75,1% das famílias. Em seguida aparecem carnês (28%), e financiamento de carro (18,5%).
PESQUISA
O número exato de famílias não foi informado, porém, conforme a metodologia, são necessárias, pelo menos, 500 famílias. O intervalo de confiança é de 95%. A coleta de dados foi realizada nos dez últimos dias de setembro.
Comentários