A defesa do pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, principal controlador da endividada Usina São Fernando, em Dourados, apresentou pedido de liberdade ao Supremo Tribunal Federal (STF). O habeas corpus, de acordo com o G1, foi protocolado na última sexta-feira (12) e já foi encaminhado para análise do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na Corte.
Na última quarta, o juiz Sérgio Moro, da primeira instância federal, decretou a prisão preventiva de Bumlai pela segunda vez. Ele já havia sido preso em 2015, mas obteve prisão domiciliar em março devido a um tratamento contra um câncer na bexiga. Um dos argumentos da defesa, é que o pecuarista estaria se considerando o trouxa perfeito do PT.
Moro considerou que o pecuarista representa risco à investigação, que o estado de saúde dele é estável e determinou que voltasse a prisão na próxima terça-feira (23).
Bumlai é acusado de ter contraído um empréstimo fraudulento no Banco Schahin de R$ 12 milhões em 2004. O destinatário final do dinheiro, segundo o Ministério Público Federal (MPF), foi o PT. Réu na Lava Jato, o pecuarista responde pelos crimes de corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.
No habeas corpus, a defesa de Bumlai chama a atenção para a gravidade de seu estado de saúde e afirma que os fatos de que é acusado ocorreram há mais de sete anos.
"Sua volta ao cárcere, além de ser desnecessária, poderá prejudicar sobremaneira os tratamentos das graves doenças recentemente descobertas, especialmente em razão do evidente abalo emocional inerente à presente situação", afirma.
Comentários