A Prefeitura de Dourados não deve solucionar o problema da falta de transporte escolar que afeta regiões como as reservas indígenas do município. De acordo com a assessoria de comunicação, a crise financeira somada a falta de recursos para o setor são as justificativas para o “corte” da frota.
Em contato com o Jornal Midiamax no final da manhã desta quarta-feira (2), a prefeitura rebateu as afirmações das lideranças indígenas que não houve diálogo sobre o caso e diz que nesta terça-feira (1) um encontro na prefeitura teve a entrega de um documento por parte dos estudantes que citava as necessitadas no local e como resposta os representantes da prefeitura expuseram que não há solução imediata.
Ainda segundo a assessoria, a lei 3.870, de fevereiro de 2015, não obriga a prefeitura fazer o transporte escolar e sim autoriza a realização do serviço. Assim, com problemas até mesmo para pagar a folha salarial dos servidores públicos e não podendo desviar o dinheiro recebido do MEC para fazer a manutenção da frota, os ônibus foram retirados de circulação.
A assessoria ainda diz que o processo de licitação para contratação de empresa para a manutenção da frota segue em análise após ser suspensa nesta terça-feira (1). Neste caso, também não há prazo para conclusão.
O bloqueio
Estudantes indígenas e lideranças bloquearam nesta terça-feira (1) a MS-156 que liga Dourados à Itaporã. O motivo alegado é que não há transporte escolar para cerca de 140 universitários das aldeias Bororó e Jaguapiru há cerca de 30 dias e com isso eles correm risco de reprovação por faltas.
O bloqueio segue nesta quarta-feira (2) com lideranças afirmando que vão seguir no local até que o transporte escolar seja retomado. Eles ainda alegam que não receberam nenhum representante da prefeitura para negociar a solução. A Polícia Militar Rodoviária acompanha de perto o bloqueio e orienta motoristas para usar rotas alternativas.
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