Diante do alto número de queimadas no País, estando Mato Grosso do Sul entre os que mais registram número de focos, o deputado estadual Marçal Filho (PSDB) apresentou nesta terça-feira (27) na Assembleia Legislativa projeto de Lei para instituir o Agosto Cinza, período de ações sobre conscientização de combate aos incêndios e prevenção de queimadas.
O Estado é um dos que lideram o ranking de aumento de queimadas em comparação com o ano anterior. Os focos já são três vezes maior de janeiro a agosto deste ano, um aumento superior a 210% nas queimadas, com mais 3,2 mil casos registrados em 2019, ante 1.047 em 2018, conforme o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O mês de agosto é considerado o mais crítico do ano quando o assunto é queimada e os bombeiros recebem dezenas de chamados por dia para combate ao fogo, no entanto, é a partir de julho que o tempo começa a ficar mais seco, com a diminuição de chuvas. O período é caracterizado pela baixa umidade do ar, altas temperaturas e aumento nos ventos, fatores que favorecem a ocorrência de focos de incêndio. Além das condições favoráveis, há ainda a falta de conscientização da população, já que a maior parte dos incêndios são provocados por ação humana.
Conforme o projeto de Marçal, o Poder Público precisa desenvolver ações mais eficientes e pontuais para a conscientização da população acerca do combate aos focos de incêndio e queimadas, principalmente as provocadas, por meio de procedimentos informativos, educativos, audiências públicas, seminários, conferências, panfletos explicativos para esclarecer e incentivar a população sul-mato-grossense a combater e prevenir os focos de incêndio e queimadas provocadas, em zonas urbanas e rurais.
Como é perceptível notar que a queimada é cultural no País, o deputado diz que é preciso haver o envolvimento dos profissionais da saúde pública, da educação e do meio ambiente nas ações para que a aplicação da Lei tenha sucesso.
Outra questão relevante, é que as queimadas têm como principal efeito os malefícios à saúde humana, provocando problemas respiratórios provocados pela fumaça e que aliada à baixa umidade do ar, prejudica os mais vulneráveis, como crianças e idosos. Marçal Filho lembra ainda que há uma preocupação em relação à questão do aumento dos atendimentos de casos clínicos na rede pública de saúde.
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