Cerca de 130 pessoas estão bloqueando durante toda esta quinta-feira (22) a estrada MS 487, entre Naviraí e Itaquiraí, por se sentirem injustiçados devido ao despejo iniciado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-MS), após investigação da Polícia Federal por compras irregulares dos lotes.
O despejo estava acontecendo no assentamento Santo Antônio e fui suspenso assim que iniciou a manifestação na pista. As aulas também foram suspensas.
Alguns despejados alegam que devem ficar na terra até que seja julgado a ação mobilizada pela procuradora de Ponta Porã, Carollina Rachel Costa Ferreirta Tavares, que vai de encontro à retirada de famílias pela operação conjunta do Incra, com a Polícia Federal e Cigcoe.
Enquanto isso, a Tropa de Choque da Cigcoe, que está acompanhando os despejos, deu a volta e foi iniciar a retira de cinco famílias em outro assentamento perto de Itaquiraí, o Lua Branca.
A Justiça de Naviraí ainda liberou nesta manhã mais 12 liminares de despejo com auxílio de força policial. Em todo o Estado já tinham sido liberadas 120 liminares para o despejo também em assentamentos de Ponta Porã, Terenos e Angélica.
Todas elas responderão por crime de estelionato, terão que devolver os créditos rurais que tenham recebido e se tentarem voltar às terras serão presas, de acordo com a assessoria do Instituto.
Os beneficiados com os lotes retomados são os brasileiros que moraram muitos anos no Paraguai e foram expulsos do país. Cerca de 200 famílias destes chamados “brasiguaios” estão em um acampamento na beira da BR 163, próximo ao assentamento Santo Antônio, em Itaquiraí, o primeiro que terão os lotes retomados pela operação.
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