A cidade de Dourados adere à Greve Internacional das Mulheres com um dia de paralisação. O movimento cobra direitos e a valorização da mulher. Em todo o mundo são várias as reivindicações. No Brasil uma das principais pautas é a Reforma da Previdência, proposta pelo governo de Michel Temer. Em Dourados, as mulheres têm como bandeira de luta a ativação da Casa Abrigo, fechada há meses; a Delegacia da Mulher com plantão 24 horas; mais vagas nos Centros de Educação Infantil (Ceims); investimentos em segurança pública, saúde pública de qualidade, entre outros.
Membro da comissão de comunicação do Movimento Popular de Mulheres, a escritora Odila Lange, orienta as mulheres para participarem das atividades da Semana de Luta das Mulheres. O Dia D ocorre amanhã, 8 de março, às 14h na Praça Antônio João. "Nesta data, a mulher não deve ir trabalhar, nem comprar nada no comércio. Essa medida tem a finalidade de mostrar a força feminina, além de mandar um recado para o comércio de que a mulher não é objeto de consumo, nem sexual como taxam as propagandas. Por isso nada de comprar neste dia", destaca.
A expectativa de Odila é de reunir milhares de mulheres vestidas de lilás na Praça Antônio João para ato de protesto, também contra o feminicídio.
Programação
A Semana de Luta das Mulheres começou ontem com oficina de cartazes no Centro de Convivência da UFGD. Hoje haverá panfletagem "Nenhum Direito a Menos", no transbordo de Dourados ,a partir das 17h; às 19h tem Cine Mulher no auditório da Uems com o documentário "Lute como uma menina".
Amanhã a programação começa às 7h30 com concentração das mulheres e roda de conversa no Centro de Convivência da UFGD. às 14h haverá ato na Praça Central "Nenhum Direito a Menos". Às 17h tem marcha pela Vida das Mulheres. Às 18h, tem a peça teatral "Judith e sua sombra de menino", no teatro Municipal. Na quinta-feira tem Oficina de Zine no Centro de Convivência da UFGD. Às 13h30 haverá debate sobre reforma da Previdência, no anfiteatro Central da UFGD.
Na sexta-feira haverá oficina de autodefesa das mulheres no Centro de Convivênbcia da UFGD, às 16h. Às 20h haverá a "Festa das Bruxas: Tentaram nos enterrar mas não sabiam que éramos sementes - baile das peruas do Centro Acadêmico de Ciências Sociais", na Aduf.
Protesto
A inspiração do protesto internacional veio do Dia Livre das Mulheres islandesas de 1975, quando 90% das cidadãs deixaram seus postos de trabalho em 24 de outubro para protagonizar uma grande manifestação nas ruas do país e marcar um ponto de contraposição na luta pela igualdade de direitos.
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