Dourados teve a maior taxa de homicídio entre os municípios mais populosos de Mato Grosso do Sul em 2017. Segundo o Atlas da Violência – Retrato dos Municípios Brasileiros 2019, naquele ano 75 pessoas foram assassinadas na cidade. No entanto, a média local, de 34,4, ficou abaixo da nacional, de 37,6.

Elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, esse levantamento considerou apenas os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.

Dos quatro sul-mato-grossenses, Campo Grande teve 142 homicídios, mas com 874.210 moradores, a média ficou em 18,8. Corumbá, habitada por 109.899 pessoas, encerrou 2017 com 30 assassinatos, média de 29,6, e Três Lagoas, com 117.477 habitantes, 40 (34,0).

Naquele mesmo ano o pior cenário do país foi registrado em Rio Branco. A capital do Acre, então com 383.443 residentes, teve 324 homicídios registrados, com uma taxa de 85,3 por habitante.

De acordo com o delegado regional de Dourados, Lupércio Degerone, o número de homicídios ocorridos em Dourados no ano de 2017 não passou de 61, ou seja, menor do que esse apontado pelo Atlas da Violência – Retrato dos Municípios Brasileiros 2019. No entanto, reconheceu que foi um ano complicado, com cinco assassinados na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

Ao Dourados News, Degerone garantiu que essa taxa está em queda desde então. “Esse ano foram 29 homicídios até 31 de julho contra 33 em igual período do ano passado. Durante todo o ano de 2018, de 1º de janeiro a 31 de dezembro, foram 48 homicídios”, informou.

Segundo ele, dos 29 ocorridos neste ano, 19 já foram esclarecidos e mais um segue para ter desfecho. “A maior parte dos homicídios estão relacionados a ajustes de contas e acertos de facções no presídio. Às vezes vem transferido de outros municípios e acaba morto aqui. Temos nas aldeias também. Mas é muito raro em Durados um crime ocasional, em briga de vizinhos, trânsito. Igual esse no cinema, é raro, assim como latrocínio”, esclareceu.

Apesar do crescimento populacional da cidade, o delegado regional projeta reduzir ainda mais a taxa de homicídio, como tem ocorrido em outros tipos de crimes, graças ao alto índice de elucidação. “Dourados é líder estadual na redução dos 12 principais crimes que a Sejusp [Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública] avalia, que a Secretaria Nacional de Segurança cobra”, garantiu.

Degerone afirma que os furtos de carros caíram de 160 para 70 no comparativo entre os primeiros sete meses de 2018 e de 2019, e os roubos em Dourados representam 7% dos ocorridos em Campo Grande.