Dourados aumenta para quatro, o número de casos notificados de Zika Vírus, segundo o Departamento de Vigilância Epidemiológica da prefeitura. Além do homem e mulher que já estavam nos registros desde o início do mês, relembre aqui, foram incluídas mais duas notificações de casos em mulheres que não estão grávidas.

Esses são casos de Zika Vírus em pessoas que moram em Dourados e podem ter contraído a doença na cidade. “Nós fizemos a notificação, coletamos as amostras e estamos aguardando o resultado dos exames que podem confirmar ou descartar”, explica Devanildo Souza, gerente do Departamento.

Diferente da Dengue ou Febre Chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito Aedes aegypti, o exame para detectar o Zika Vírus ainda é feito em poucos laboratórios no país. Com isso, o resultado que pode confirmar se os pacientes contraíram a doença e, por sua vez, a certeza de que o vírus está circulando na cidade é mais demorado. Os resultados chegam a demorar até 60 dias para ficarem prontos.

Casos de microcefalia também são investigados

Paralelo à notificação destes quatro casos, ainda está sob investigação a situação de bebês que nasceram com microcefalia e isso pode ou não estar associados ao Zika Vírus. Foram notificados ao todo, 13 casos, sendo 10 descartados, um considerado inconclusivo e dois que seguem sendo investigados aguardando exames ficarem prontos.

O primeiro caso foi em novembro do ano passado de uma gestante douradense que havia viajado para Rondônia, teve sintomas semelhantes ao do Zika e o filho dela nasceu com microcefalia. A suspeita é de que ela possa ter contraído a doença no Norte do país.

No entanto, como o registro foi feito no começo das suspeitas de associação de microcefalia com o Zika Vírus e ainda não havia um protocolo do que fazer nesses casos no país, não foi possível realizar um exame específico como os dos outros notificados. “A gente pegou todos os resultados de outros exames, mas não foi possível estabelecer, ou seja, não foi possível confirmar e nem descartar. Então, ficou um caso inconclusivo”, explica Devanildo.

Ainda em novembro do ano passado, para atender a um protocolo do Ministério da Saúde foi realizada pela prefeitura a notificação de todos os casos de bebês nascidos em Dourados com perímetro cefálico igual ou menor que 33 cm, que configura a microcefalia. Ao todo, foram notificados 10.

Dessa dezena, oito foram descartados e apenas dois seguem em investigação, pois existe possibilidade de terem associação do caso de microcefalia com Zika Vírus. Um dos casos é de mãe douradense e outro de Bela Vista, mas que nasceu no HU/UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados). “Faltam chegar os últimos exames para que a gente possa confirmar ou descartar esses dois”, explica o gerente da Vigilância.

Ação de combate à doença deve ter apoio da população

Para combater o mosquito transmissor do Zika Vírus, Dengue e Febre Chikungunya, foi implantado pela prefeitura um Plano de Contingência. A ação intensifica as atividades de visita às casas, eliminação de focos e conscientização da população, além de incluir mais rigor na multa para quem deixa os quintais em condições impróprias e decreto que responsabiliza gestores pelos órgãos públicos que tem focos.

No dia do lançamento do Plano, o secretário de Saúde Sebastião Nogueira, afirmou que 80% dos focos de proliferação do mosquito ficam nas residências e que os moradores “tem que colaborar em não deixar locais com água parada, limpar terrenos baldios e como forma de combater de para que não haja uma epidemia”, afirmou