Em Mato Grosso do Sul, 315 pessoas estão na fila de espera para adortar uma criança, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Por outro lado, 152 crianças aguardam por uma família, destas 23 tem alguma doença ou deficiência. A maior dificuldade é a restrição que os pais candidatos colocam para os futuros filhos.
Dados do CNJ apontam que menos de 8% das famílias brasileiras que estão na fila para adoção não se importariam em adotar uma pessoa com deficiência.
Em Campo Grande, um casal é exemplo de amor e carinho. Danielle e Valdinei tem quatro filhos, destes, três são 'do coração'. Após quatro anos de casados, eles decidiram adotar uma criança. O Daniel era recém-nascido quando passou a fazer parte da família, há 24 anos.
No primeiro ano de vida, Daniel foi diagnosticado com uma síndrome que provoca falhas no desenvolvimento cognitivo e motor. Os pais dizem que já sabiam disso quando adotaram o menino. Foram três anos com um filho, até que consultora de vendas Danielle Pacini ficou grávida do Lucas que é cadeirante.
Duas crianças com deficiência em um mundo onde muita gente foge das responsabilidades o casal assumiu compromisso em dobro e diz que o amor também se multiplicou. “Nos orgulhamos de cada um deles”, afirmou o representante comercial Valdinei Pacini.
Quando Daniel e Lucas eram adolescentes a família ficou maior ainda com a chegada da Gabriela e do João Victor também filhos do coração.
Um lar infantil de Campo Grande abriga crianças em situações de vulnerabilidade. Atualmente 13 crianças estão abrigadas lá, cinco delas prontas para adoção. São cinco com deficiência.
Os profissionais do lar infantil dizem que cuidar de uma criança é como cuidar de uma árvore. Você precisa dar água e carinho todos os dias para que ela cresça e dê bons frutos.
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