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Em silêncio, acadêmico preso por matar advogada recebe tornozeleira e é solto

João Pedro Miranda da Silva Jorge, de 23 anos, o estudante de medicina que matou a advogada Carolina Albuquerque em um acidente de trânsito, na última quinta-feira (2), na Avenida Afonso Pena, ficou em silêncio ao chegar ao Patronato para a colocação da tornozeleira. Ele foi solto por volta das 13h30 desta segunda-feira.

Quando questionado sobre o acidente, João Pedro não respondeu às perguntas e entrou em silêncio no local para a colocação da tornozeleira, uma das exigências para sua liberdade, após o pagamento da fiança de R$ 50,5 mil. Na saída, o advogado de defesa Benedicto de Figueiredo se limitou a dizer que o processo estava em segredo de Justiça, e que o sinal estava verde para seu cliente, que não estaria embriagado e ainda afirmou que vai deixar para a perícia outros dados.

João Pedro se apresentou à polícia na tarde de sábado (4) depois de ficar foragido após o acidente, que aconteceu na madrugada de quinta-feira (2), na Avenida Afonso Pena, em frente ao Shopping Campo Grande.

Além da fiança paga, o estudante terá de cumprir uma série de exigências feitas pela juíza que concedeu sua liberdade, como não se ausentar da cidade sem autorização, além de entregar o passaporte em até 48 horas após sua liberação. João Pedro ainda deve comparecer mensalmente à Justiça para prestar informações de atividades.

O estudante também está proibido de sair à noite teve sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa. Na manhã desta segunda-feira (6), ele foi levado para Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Lega).

O acidente que terminou na morte da advogada aconteceu na madrugada de quinta-feira (2), na Avenida Afonso Pena em frente ao Shopping Campo Grande. Ao delegado Enilton Zalla, João Pedro teria dito que não estava bêbado e que dirigia no máximo a 70 km/h.

João Pedro afirmou que fugiu do local do acidente porque teria sido ameaçado e chamado de assassino por testemunhas que estavam no local, porém, a versão do suspeito é contestada.

"Não procede a versão de terem chamado ele de assassino porque no momento em que ele saiu do local a Carolina ainda estava viva, respirando. As pessoas pediram para que ele ficasse lá, mas ele fugiu, possivelmente por estar bêbado", explicou o delegado.

O filho da advogada, de 3 anos, teve traumatismo craniano e fratura na clavícula. Ele segue internado na ala particular da Santa Casa, e pode receber alta ainda nesta semana.

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