A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na manhã desta terça-feira (7), o reajuste tarifário de 2,74% para os consumidores residenciais de 73 municípios de Mato Grosso do Sul que são atendidos pela Energisa.
Para outras categorias de consumidores o reajuste médio terá outros percentuais, conforme a Aneel. Para os que utilizam alta tensão o aumento médio é de 3,64%. Para baixa tensão de 3,02%. A média de reajuste concedido para a concessionária no estado, considerando alta e baixa tensão foi de 3,22%.
Os novos valores, conforme a agência, serão aplicados já a partir desta quarta-feira (8), para 942 mil unidades consumidoras atendidas pela Energisa em Mato Grosso do Sul.
Para calcular o reajuste, a agência aponta que considerou a variação de custos que a empresa teve no ano. O cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada, encargos de transmissão e encargos setoriais.
A presidente do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica de Mato Grosso do Sul (Concen-MS), Rosimeire Cecília da Costa, avalia que o reajuste foi menor que o previsto.
“O reajuste, bem abaixo das expectativas iniciais, foi possível porque o valor do kWh já foi reposicionado na RTE [Recomposição Tarifária Extraordinária] e também devido ao prolongamento do prazo para pagar empréstimos que as distribuidoras de energia obtiveram no mercado para cobrir os gastos com o uso das termelétricas, solicitação central do Concen, formalizada em 29 de janeiro, quando protocolamos uma carta junto à Aneel”, comenta.
Outros aumentos deste ano
No fim de fevereiro, a Aneel já havia autorizado um aumento 27,9% no valor da energia elétrica distribuída pela Energisa em Mato Grosso do Sul em razão de uma revisão extraordinária das tarifas.
A revisão extraordinária autorizou um aumento extra nas contas de luz em razão de um desequilíbrio nas contas das distribuidoras. Já o aumento autorizado nesta terça (7) é um reajuste ordinário, que ocorre uma vez por ano.
Além dos reajustes na tarifa, o consumidor também está pagando mais caro pela energia no estado porque está em vigor a bandeira tarifária na cor vermelha, o que significa que as condições para a geração de energia no país estão mais custosas e que a tarifa terá um acréscimo de R$ 5,50 (sem impostos) para cada 100 kWh consumidos.
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