agricultura

Entidade de MS pesquisa o uso do melaço no combate a Helicoverpa

do G1

A Fundação Chapadão, localizada no município de Chapadão do Sul, a 325 quilômetros de Campo Grande, está estudando o uso do melaço de cana-de-açúcar como alternativa para potencializar o uso de inseticidas no combate a lagarta Helicoverpa armigera, que ataca lavouras de diversas culturas.

A pesquisa foi revelada pelo diretor da Fundação Chapadão, Adriano Loeff, aos integrantes da Expedição Soja Brasil, que chegou ao estado no dia 18 e permanece até está sexta-feira (22), para analisar as condições de produção da oleaginosa em vários municípios sul-mato-grossenses.

Loeff disse aos integrantes da expedição que a entidade começou as pesquisas depois que conheceu o trabalho de uma empresa em Goiás que utilizava o melaço no combate a lagarta. “A utilização consiste em aplicar o melaço na plantação de soja junto com os inseticidas, o que atrai moscas, mariposas e demais inimigos da lagarta, combatendo a Helicoverpa”, explicou.

De acordo com o pesquisador da Fundação Chapadão, Edson Pereira Borges, produtores de Chapadão do Sul encontraram lagartas do gênero Helicoverpa, mas ainda não têm a confirmação se são da espécie armígera, que é a mais agressiva as lavouras.

“É uma praga de difícil controle e ainda não temos a confirmação se é da espécie armigera, mas sabemos que é a lagarta Helicoverpa”, diz o pesquisador, completando que mesmo com ações de controle efetivo, o produtor poderá sofrer algum dano na safra.

Em relação ao uso do melaço no combate à lagarta, o engenheiro agrônomo e consultor da Expedição Soja Brasil, Áureo Lantmann, comentou que o produto é um aditivo, que potencializa os efeitos dos defensivos.

Lantmann destacou que no combate a praga os produtores devem adotar uma série de ações como a rotatividade de culturas e o vazio sanitário. “O uso do melaço é um apoio, pois, atrai os predadores naturais da Helicoverpa, que atacam a lagarta. Mas existem outras ações preventivas importantes, como os inseticidas biológicos e fisiológicos. O ideal é o sistema de rotação perfeito, com a alternação de culturas, integração lavoura-pecuária e o vazio sanitário, que evitam a infestação da lagarta”, concluiu.

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