Do G1 MS

O estado de saúde do jovem de 22 anos ferido na explosão de um artefato em Vicentina, a 246 km de Campo Grande, é considerado crítico, segundo o hospital Santa Rita, em Dourados, onde o paciente está internado. O incidente aconteceu na segunda-feira (29) na usina em que o rapaz trabalhava.

De acordo com a diretoria do hospital, a vítima está em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), respira com ajuda de aparelhos, teve fraturas no tronco, face e abdômen. Ainda segundo a unidade, o paciente tem múltiplas fraturas na mão direita, teve a esquerda amputada e está com diversas queimaduras pelo corpo.

Segundo informações da Polícia Civil, testemunhas disseram que o trabalhador encontrou o explosivo em uma lavoura de cana-de-açúcar que pertence à usina. A explosão aconteceu quando a vítima tentou conectar o artefato na bateria de um carro.

Nesta terça-feira (30), equipes da Polícia Civil do município e da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe) e a Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) de Campo Grande foram até o local do incidente.

O Capitão Wilmar Fernandes, do Grupo de Ações Táticas Especializadas (Gate) do Cigcoe, disse ao G1 que moradores da região afirmam que há cerca de 40 anos uma empresa costumava fazer explosões no local. Segundo ele, foram encontrados indícios de que realmente aconteceram detonações na área, como pedaços de fios e outros materiais, mas nenhum outro explosivo foi achado.

Segundo o delegado João Francisco Silgueiros, da Polícia Civil de Vicentina, peritos recolheram fragmentos do artefato que feriu a vítima para apontar o tempo de fabricação do material e a origem. “Já verificamos com o Exército e a região nunca foi campo de treinamento militar”, relatou.