Quem utiliza o transporte coletivo para chegar até a Cidade Universitária em Dourados reclama da superlotação nos ônibus. Na tarde de segunda-feira, manifestantes impediram que os veículos deixassem o local. Os ônibus só foram liberados por volta das 20h30. De acordo com os acadêmicos, a lotação é tanta, que muitas vezes eles não conseguem entrar nos coletivos.
Segundo o diretor da Medianeira Transportes, Marcelo Saccol, mesmo com o protesto, as rotas para a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) e Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) não foram alteradas pela empresa.
De acordo com o diretor da Medianeira, mais de dez ônibus são destinados somente à noite para atender os universitários. “Durante todo o dia de ontem não tivemos problemas com os manifestantes.
É um direito deles de protestarem, mas continuamos encaminhando os ônibus para a Cidade Universitária e avisando as pessoas sobre a manifestação que estava acontecendo naquele dia.
Não comunicamos a polícia, por conta de ser um protesto pacífico”, explicou Marcelo, dizendo ainda que a empresa não irá entrar em conflitos com os manifestantes.
As reclamações de quem utiliza o coletivo todos os dias são as mesmas. Simone Souza é funcionária da Uems e acadêmica da UFGD. Ela realiza o trajeto há 10 anos e afirma que o problema da superlotação sempre foi um impasse enfrentado pelos acadêmicos e funcionários das universidades.
“Em todo esse período a única mudança que teve para melhor foi a questão dos horários. O restante continua tudo igual. São ônibus cheios, sem condições de uso e quebrando com frequência”, reclama Simone.
Ela teme que algo grave aconteça para que uma medida séria seja tomada. “Não quero nem imaginar o que pode acontecer se tiver um acidente com esses ônibus lotados”, enfatizou a estudante.
Outra acadêmica que denuncia a superlotação e o sucateamento dos coletivos é Andriane Rizald. Para ela, falta respeito com os universitários. “Nós andamos igual ‘sardinha’ nestes ônibus, muitas vezes nem conseguimos entrar com tantas pessoas dentro deles”, reclama Andriane.
Segundo o diretor da Medianeira, 116 horários são oferecidos todos os dias para a Cidade Universitária em três períodos.
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