Estudantes ligados ao movimento estudantil do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) prometem novas invasões de prédios públicos. Parte do grupo é o mesmo que ocupou o prédio da Câmara Municipal de Dourados por 43 dias, em manifesto sobre melhorias no transporte público da cidade.

O protesto, desta vez, não tem ligação com o transporte, e sim com uma nova medida anunciada pela Prefeitura de Dourados e Governo do Estado de fechar as séries do 6º ao 9º ano da rede municipal de Dourados.

“Somos contra essa decisão que colocam em risco a educação e a vida dos estudantes do ensino fundamental, já que escolas estaduais ficam longe dos bairros e tira os alunos de perto de suas casas”, disse o estudante Tatus Park, coordenador de comunicação do DCE. “Vamos ocupar a prefeitura e a Câmara, se for necessário, para evitar o sucateamento total da educação em Dourados”, ressaltou.

O DCE irá se reunir para discutir o fechamento do 6° ao 9° ano nas escolas municipais, elaborado informalmente pelo Estado e que passa pelo estudo do município. Pela proposta, as escolas estaduais assumiriam todas essas séries num período de até cinco anos, além do Ensino Médio, presente apenas nas estaduais.

“Por ora vamos discutir no DCE apenas essa medida, ocupações e manifestações serão adotadas posteriormente”, reiterou Tatus Park, que também foi integrante do Movimento Popular pelo Passe Livre (MPPL), responsável pela ocupação da Câmara.

O fechamento do 6º ao 9º ano das escolas municipais também preocupa o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted). O presidente da categoria, João Vanderlei, declarou à imprensa que os bairros mais afastados do centro da cidade serão os mais afetados com esta mudança, pois os estudantes terão que procurar escolas em outros bairros ou região central da cidade. Atualmente há em Dourados 45 escolas da rede municipal e apenas 24 do Estado.