Tropas do Exército Brasileiro deixam, desde a madrugada de domingo (15), área de conflito fundiário em Antônio João, a 402 quilômetros de Campo Grande. A Operação Dourados, concluída depois de 75 dias, teve por objetivo reduzir a tensão entre indígenas e fazendeiros na faixa de fronteira entre Brasil e Paraguai.
O reforço de segurança veio somente depois da morte de Semião Fernandes Vilhalva, 24 anos, da etinia Guarani-Kaiowá. Este ocorreu por decreto de Lei e Ordem assinado, em setembro, pela presidente Dilma Rousseff (PT). O pedido partiu do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que conseguiu 45 dias extras da presença militar e aguarda novo posicionamento sobre o assunto.
A 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada em Dourados, responsável pela coordenação do reforço de segurança, esclareceu em nota que sua atuação foi pautada “pela total imparcialidade e segundo a lógica de que, a despeito do contencioso existente, todos nós somos Brasileiros”. Ao menos 1,2 mil militares atuaram em quatro municípios da região.
Indígenas ocuparam ao menos 22 fazendas na esperança de ter demarcado o território Ñanderu Marangatu. Fazendeiros revidaram e o reforço na segurança foi necessário para evitar enfrentamentos. Em 21 de outubro, o Superior Tribunal Federal (STF) julgou pela desocupação da área. Esta foi suspensa no dia de seu cumprimento pela Polícia Federal.
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