A receita de exportação de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul chegou a US$ 2,77 bilhões, no acumulado de janeiro a novembro de 2017. O número representa um crescimento de 14%, em comparação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com levantamento do Radar Industrial da Fiems, apenas na comparação de novembro de 2016 com novembro de 2017, a receita da exportação de produtos industriais aumentou em 15%, saindo de US$ 246,4 milhões para US$ 283,8 milhões.
Na avaliação do coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, de janeiro a novembro, os principais destaques ficaram por conta dos grupos "Celulose e Papel", "Complexo Frigorífico", "Extrativo Mineral", "Óleos Vegetais", "Couros e Peles" e "Siderurgia e Metalurgia Básica", que, somados representaram 98,1% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.
No caso do grupo "Celulose e Papel", o montante no ano soma US$ 959 milhões, um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2016.
"O resultado alcançado no período se deu principalmente pelo aumento das compras realizadas pela Holanda, Peru, Estados Unidos, China, França e Reino Unido, que, somados, aumentaram suas aquisições em US$ 43,0 milhões", detalhou Ezequiel Resende.
Já no "Complexo Frigorífico", a receita de exportação de janeiro a novembro de 2017 alcançou o equivalente a US$ 856,1 milhões, um crescimento de 20% em comparação ao mesmo período de 2016.
O crescimento observado se deu pelo aumento no preço médio da tonelada, que passou de US$ 2.552 em 2016 para US$ 2.778 em 2017.
Também pelo aumento de 10% no volume de carnes comercializadas para Hong Kong, Irã, Estados Unidos, Emirados Árabes e Arábia Saudita.
Outros grupos
No grupo "Extrativo Mineral", a receita de exportação acumulada de janeiro a novembro de 2017 alcançou o US$ 197,1 milhões, subindo 53% em relação a 2016.
O resultado se deu pela alta de 74% no preço médio da tonelada do minério de manganês e pela alta de 26% no preço médio da tonelada do minério de ferro que em 2017.
O grupo de "Óleos Vegetais" fechou 2017 com receita equivalente a US$ 107,2 milhões, indicando queda de 11%, comparada ao ano passado.
A Tailândia e Indonésia foram os principais responsáveis pela redução, com uma retração nas compras equivalente US$ 26,3 milhões.
"Quanto aos compradores, os principais até o momento são Tailândia, com US$ 42,8 milhões ou 39,9%, Indonésia, com US$ 26,8 milhões ou 25,0%, Holanda, com US$ 12,2 milhões ou 11,4%, Coréia do Sul, com US$ 8,1 milhões ou 7,6%, e França com 6,3 milhões ou 5,9%", enumerou Ezequiel Resende.
O grupo "Couros e Peles" também apresentou redução. As vendas caíram 9% em relação a 2016, quando as vendas foram de US$ 99,8 milhões.
Esse resultado foi influenciado pela diminuição das compras efetuadas pela China, Holanda, Hong Kong e Vietnã, que somados apresentaram queda de US$ 21,6 milhões.
O grupo "Siderurgia e Metalurgia Básica" fechou o período com receita equivalente a US$ 32,4 milhões, um aumento de 122% na comparação com 2016.
A elevação das compras feitas pela Argentina e Estados Unidos, que proporcionaram receita adicional de US$ 17,8 milhões, influenciaram o resultado.
O grupo "Açúcar e Etanol" teve receita de exportação de janeiro a novembro de 2017 equivalente a US$ 477,1 milhões, uma alta de 24% em relação ao mesmo período do ano passado.
O resultado é influenciado pelo aumento das compras realizadas pela Malásia, Egito, Estônia, Geórgia, Iraque, Quênia, Bangladesh e Argélia, que somados, apresentaram incremento de US$ 179,0 milhões.
Também é decorrente da elevação do preço médio da tonelada do açúcar de cana, único produto do grupo com registro de vendas ao exterior no acumulado deste ano.
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