Dourados News
Mato Grosso do Sul possui aproximadamente 84 emissoras de rádio comunitária, segundo informações da Radcom (Associação Sul-mato-grossense de Rádios Comunitárias de MS), e para se “manter em pé” essas rádios precisam lidar com a falta de recursos financeiros e de algumas de conhecimento.
Em entrevista ao Dourados News, a mestre e professora em comunicação, Gabriela Mangelardo, contou que durante pesquisa para o mestrado em 2012, mapeou as rádios comunitárias legalizadas da região da grande Dourados e notou que a maioria sofria com dificuldade financeira e que seus gestores não sabiam como é o funcionamento de emissora voltada para a comunidade.
“O fator verba sem duvida é um dos empecilhos e isso impede o desenvolvimento de um trabalho de qualidade, porém a falta de conhecimento de como é uma comunicação comunitária foi impressionante, pois ela é aberta e feita para a comunidade e pela comunidade” afirmou a pesquisadora.
De acordo com as Leis de Comunicação toda rádio comunitária se torna o veículo de expressão social de uma comunidade, sendo ela bairro ou vila e procura partilhar de interesses comuns, entretanto segundo a pesquisadora, em muitas das rádios visitadas, o lucro era a foco principal.
“Uma comunitária não precisa ter profissionais especializados, pois ela é aberta para que as pessoas possam levar e obter conhecimentos a todo o seu bairro. Mas a realidade é outra alguns veículos não possuem espaço para a comunidade, não tem programação com prestação de serviço, utilidade pública ou informação e o lucro, interesses políticos e até religiosos são as prioridades” explicou Gabriela.
E buscando debater essas dificuldades apresentadas pela pesquisadora a Radcom realiza em Dourados de hoje até domingo (24), no Auditório do Hotel Bahamas, o 1º Seminário Sul-Mato-grossense de Rádios Comunitárias, que terá como tema “Rádios Comunitárias: Avanços ou Negação dos Direitos à Comunicação? Capacitação de Lideranças”.
Segundo o vice-presidente da Radcom, Edmilson Roberto Caccia, o seminário realizará debates, estudos e palestradas sobre as rádios comunitárias que já ultrapassam as emissoras ditas como comerciais.
“As Emissoras comunitárias surgiram para atender as demandas das comunidades, opera em 25 watts e sua maior dificuldade é a sustentabilidade, pois são sem fins lucrativos, mas todo o valor arrecadado deve ser investido na própria emissora” afirmou o vice-presidente.
Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (67) 9984 6872, com Edmilson ou pelos e-mails - radcommsfinanceiro@gmail.com e radcom.caarapo@gmail.com
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