indignação

“Falta sentimento de família”, diz delegado sobre mortes de bebês agredidos

Em menos de um mês dois casos de mortes de bebês por agressão foram registradas em Dourados. O mais recente aconteceu nesta segunda-feira (21) em que o marido da mãe da criança agrediu o filho dela, um menino de um ano e oito meses, até a morte. Situação semelhante ocorreu no final de setembro, quando o também padrasto de um bebê de cinco meses o matou nas mesmas circunstâncias.

O delegado do 1º Distrito Policial e do Serviço de Investigação Geral (SIG) da Polícia Civil, Adilson Stiguivitis, que está a frente dos casos, disse ao Dourados News que o que está faltando nos lares é uma base familiar mais sólida e mais tolerância com as crianças.

“Acredito que falte um sentimento de família, não tem mais um ambiente de lar, falta religião e estrutura familiar. E a criança que está dentro do lar sofre com a desunião e com a desestruturação”.

“Também há a intolerância com a criança, os pais ou responsáveis não têm preparo e estrutura, aí acabam agredindo. Começa com uma agressão mais leve, depois vai aumentando até tirar a vida da criança. Cada um com seus problemas da vida, se irritam com o choro da criança, ficam com raiva e acabam agredindo a criança, que é um ser frágil e indefeso”, ressalta.

Stiguivitis também falou que estes casos são isolados, “maus tratos e lesão corporal familiar existem e são mais comuns, mas casos de mortes são mais raros”.

Segundo o delegado, Davidson ficou separado dos detentos no 1º Distrito Policial e provavelmente ficará isolado na penitenciária, para onde foi transferido.

“Tivemos que colocá-lo em uma cela separada desde o início, pois os outros presos ficaram muito revoltados desde a chegada do acusado” disse o delegado.

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