A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOT) de Dourados tem sido referência nacional em captação de órgãos. No ano passado foram 12 procedimentos, todos realizados no Hospital da Vida.
O mais recente caso foi na madrugada do dia 30 de dezembro, quando ocorreu a captação do primeiro fígado transplantado no mundo em pacientes com febre amarela e que ajudou a salvar a vida de uma paciente de 27 anos, em São Paulo. Além do fígado, também foram captados córnea, rins e coração de Franciely Ferreira de Freitas, de 16 anos, que teve morte encefálica no Hospital da Vida.
O CIHDOTT existe há anos, estava desativado e no início do passado voltar a realizar suas atividades, por orientação da prefeita Délia Razuk. A equipe, coordenada pelo médico Antônio Pedro Bitencourt, realizou a captação de múltiplos órgãos da adolescente. De acordo com o coordenador, o procedimento levou 36 horas para ser concluído.
A paciente que recebeu o fígado está entre casos de febre amarela confirmados em São Paulo, o qual evoluiu para um quadro de hepatite fulminante. Naquele Estado ocorreram mortes por conta da doença. A jovem esteve em Mairiporã, uma das regiões com maior número de casos suspeitos na Grande São Paulo.
O médico Antônio Pedro Bittencourt afirma que a paciente transplantada teve evolução no quadro de saúde e que este procedimento marca uma nova forma de lidar com a doença.
O secretário de Saúde, Renato Vidigal, destacou o empenho da comissão, que já tem colocado Dourados como destaque na captação de órgãos. Ele citou ainda a importância da sensibilidade dos familiares para contribuir em salvar outras vidas e pontuou sobre as instituições parceiras que garantem o sucesso dos procedimentos.
A CIHDOTT, além da coordenação do médico Antônio Pedro Bitencourt, tem a enfermeira Clarinie Fortunatti como vice-coordenadora e, como membros efetivos, as enfermeiras Denise Reginato, Ludelça Dorneles, Daniele Ribeiro, Valdineia Pereira e a psicóloga Silviane Krokosz.
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