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HU de Dourados tem dois casos de morte fetal na mesma semana e famílias se revoltam

Dois casos de morte fetal ocorridos em uma semana geraram revolta no HU (Hospital Universitário) de Dourados. Na noite de domingo (13) familiares de Tatiane do Nascimento, de 32 anos, entraram em contato com a 94 FM para informar uma situação de desespero após a constatação da morte do bebê que ela esperava uma semana antes da data prevista para o parto.

“Minha filha esteve aqui [no Hospital Universitário] ontem [sábado] com dores de parto para ter neném. Mandaram para casa, mas hoje [domingo] cedo ela voltou e constataram a morte do bebê. Desde as oito horas da manhã ela está com dor esperando para ser atendida”, desabafou já por volta de 20h dona Ivani, mãe de Tatiane.

No momento do contato com a reportagem da 94 FM, os familiares da gestante esperavam ansiosos por informações vindas de dentro do hospital. “Até agora dizem que não fizeram cesárea para não por a vida dela em risco. Estão dando morfina para aliviar a dor. Meu genro diz que a dilatação varia. A vida da minha filha está em risco”, relatou dona Ivani.

No entanto, a 94 FM apurou que após intervenção do Conselho Municipal de Saúde, já por volta de 21h, foi feito o procedimento para retirada do feto morto que ainda estava no ventre da mãe mesmo após a constatação do óbito durante o período da manhã.

Conforme a família, Tatiane estava grávida do segundo filho, prestes a completar 39 semanas de gestação. Mas a expectaviva para o parto previsto para a próxima sexta-feira (18) foi frustada.

“Estava marcado o parto até dia 18. Ontem ela procurou o hospital sentido fortes dores, perdendo um líquido muito estranho. Mandaram ela para casa. E de ontem para hoje ela piorou. Mas chegando no hospital constataram que a criança estava morta”, lamentou dona Ivani.

Este foi o segundo caso de morte fetal ocorrido no HU durante a semana passada. Na segunda-feira (7) uma jovem de 18 anos, grávida do primeiro filho, já na 40ª semana, também perdeu a criança. Mais uma vez, o hospital foi acusado de negligência, já que, conforme familiares da gestante, ela foi liberada pelos médicos mesmo com fores dores e perda de líquido.

Num canal de reclamações no Facebook, uma tia da jovem fez um desabafo. Disse que a gestante procurou o hospital, mas foi mandada de volta para casa. Durante toda semana retrasada ela manteve os mesmos sintomas, retornou ao HU e foi novamente liberada. Somente no dia 7 um ultrassom constatou a morte do bebê. Dois dias depois ela permanecia com o feto morto no ventre.

Esse caso foi confirmado pelo Conselho Municipal de Saúde.

Para piorar, enquanto o drama da família de Tatiane do Nascimento era apurado pela reportagem da 94 FM, outra gestante passava por situação parecida na noite de ontem, temreosa quanto a possibilidade de perder o filho que espera.

Na terceira gravidez, Ana Claudia Batista Alencar, de 23 anos, esperava por atendimento, com fortes dores, após várias idas e vindas ao hospital. Prestes a completar 38 semanas de gestação, a jovem sentia contrações, mas seguia sem atenção por parte da equipe médica do HU.

A 94 FM não conseguiu contato com representantes do Hospital Univesitário até a publicação desta matéria. Assim que houver qualquer resposta, será prontamente acrescentada ao texto.

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