Mais de 30 pessoas entre crianças, agentes ecológicos e servidores municipais estavam na sede da Agecold (Associação dos Agentes Ecológicos de Dourados) no momento do incêndio que destruiu aproximadamente 15 toneladas de resíduos ‘descartados’ e por pouco não terminou em tragédia, hoje (16) pela manhã. Uma pessoa passou mal e precisou de encaminhamento para o Hospital da Vida.
As crianças que participavam de um projeto social foram retiradas rapidamente do local antes que o fogo e a fumaça tomassem conta da parte exterior sede da associação.
Os motivos causadores ainda serão investigados, mas, para o diretor de fiscalização e arborização do Iman (Instituto Municipal do Meio Ambiente), Nelson Almeida, pode ter causa intencional. “Não sabemos ainda os motivos, mas não descartamos que alguém tenha ateado fogo na mata”, comentou.
De acordo com a coordenadora do projeto ‘Recolhe e Recicla’ da entidade, Ivete Pedroso, o incêndio começou no Parque Arnulpho Fioravanti às 9h30 e se espalhou rapidamente até chegar a uma pilha de objetos contendo madeira, garrafas de vidro, plásticos e eletrônicos.
“Foi muito rápido. O fogo começou na mata seca e como o vento estava bastante forte, em menos de 15 minutos se espalhou e começou a destruir os objetos de fora do barracão”, comentou.
Em relação ao prejuízo, Ivete ainda não calcula. “O prejuízo financeiro é o de menos nesse caso, estamos felizes por nada ter acontecido com as pessoas”, contou.
A ação mobilizou dois caminhões pipas com capacidade de armazenamento de 12 mil litros de água e o carro de apoio do Corpo de Bombeiros, com estoque para 1,5 mil litros. O veiculo maior utilizado em condições como a de hoje atendia outra ocorrência, no município de Maracaju.
Antes da chegada do socorro, alguns agentes tentaram conter as chamas e um deles acabou passando mal. Valdete Ferreira, que trabalha na seleção dos materiais reciclados inalou grande quantidade de fumaça e precisou de atendimento médico.
Ao redor do parque, dezenas de curiosos observavam a ação das pessoas na tentativa de apagar o fogo.
do Dourados News
TRAGÉDIA MAIOR
Ao lado do local do incêndio, existe um barracão com mais de 200 toneladas de produtos selecionados para reciclagem altamente inflamável e segundo Ivete Pedroso, poderia ter causado danos ainda maiores caso, o fogo se aproximasse. “No barracão existem em torno de 130 toneladas apenas de papel e papelão, fora garrafas pet, plásticos, isopores e outros produtos que selecionamos. Se chegasse ali, o estrago seria grande e consumiria tudo em poucos minutos”, contou.
Do lado de fora também existe uma quantidade grande de objetos para ser selecionados, causando mais risco ainda de incêndio. “Não tem como guardar, o barracão é pequeno, por isso fica para fora”, finalizou a coordenadora.
Atualmente, 15 pessoas trabalham no processo de recolhimento e seleção dos materiais reciclados na Agecold.
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