O vereador Jamal Salem (PR) chegou por volta das 9h30 desta segunda-feira (26) ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para prestar depoimento sobre suposta compra de votos para manter Alcides Bernal (PP) na Prefeitura. Sem advogado, o parlamentar afirmou, antes do depoimento, que “ouviu falar” em R$ 15 milhões em compras de votos contra a cassação.
“Ouvi alguns comentários, mas ninguém chegou a me fazer proposta. Comentários em torno de R$ 15 milhões. Por isso vim aqui depor hoje”, declarou, sem dizer de quem teria ouvido os comentários.
“No dia da votação, ouvi muitas coisas, mas esse não é o foco, sobre o que ouvi. Tem outras coisas de reuniões que participei, mas prefiro falar depois sobre isso. Hoje eu trouxe documentos para agregar, são novas provas”, afirmou.
Jamal reclamou que se sente injustiçado com as investigações e que, por ser médico há mais de 30 anos, tem que se manifestar. “Da outra vez que vim me fizeram perguntas dirigidas, como se alguém tivesse comprado o meu voto”.
Afirmando ter seguido critérios técnicos baseados em crimes contra a administração pública que teriam sido cometidos por Bernal, Jamal justificou seu voto com o pedido do promotor Alexandre Saldanha à Justiça de condenação por improbidade administrativa.
Questionado sobre a polêmica do vazamento do depoimento da vereadora Luiza Ribeiro (PPS), Jamal afirmou não ter medo de que o mesmo aconteça com ele. “o problema principal disso tudo não é o dinheiro. É essa guerra política e eu sou vítima de todo este processo”, concluiu.
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