A Polícia Civil de Campo Grande investiga a morte de um bebê ocorrida na Vila Manoel Secco Thomé, região do Distrito Industrial, registrada ontem. A mãe, de 20 anos, teria provocado parto prematuro na quinta-feira passada e deixado o bebê embrulhado em um saco, debaixo da cama. Laudo do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) aponta que a criança nasceu com vida e morreu de desnutrição, em razão do abandono.
Conforme registrado no boletim de ocorrência, o caso veio à tona depois que a irmã da jovem encontrou o bebê na manhã de ontem, já em estado de decomposição. A Polícia Civil foi acionada, por meio da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do centro, e interrogou a mãe, que acabou confessando os atos. Ela disse em depoimento que na quinta-feira, tomou chás e medicamentos com o objetivo de causar aborto. Não consta no registro policial o tempo de gestação.
No noite do dia seguinte, teve sangramento e fez o parto sozinha. Ela supostamente usou tesoura para cortar o cordão umbilical, embrulhou o bebê e o escondeu sob a cama. Como estava passando mal, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi encaminhada para a Santa Casa. Até então, o paradeiro do bebê era desconhecido, já que ela não havia comentado sobre o aborto com mais ninguém.
Depois que o corpo foi encontrado, a autora alegou à irmã que os abortivos foram comprados junto à filha de uma traficante no Indubrasil. Entrentato, em depoimento formal alegou que a fornecedora seria uma mulher residente em Terenos. Num primeiro momento, a mãe era investigada por aborto provocado. Porém, depois que a perícia atestou como causa da morte a desnutrição, ela pode responder pelo crime de homicídio.
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