Campo Grande News

Uma jovem de 21 anos foi abusada por senhor de idade não identificada dentro de ônibus da linha 061, que faz o itinerário do bairro Moreninhas até o centro da cidade. De acordo com a polícia, o caso aconteceu por volta das 6h30min da manhã, um dos horários de maior lotação da linha. Outros passageiros teriam visto o abuso, mas não fizeram nada para ajudar.

Segundo o depoimento da jovem, que consta no Boletim de Ocorrência registrado, era a primeira vez que ela pegava a linha. Ela iria trabalhar e deixar o bebê com a mãe dela. A mulher afirma que não sentiu o homem atrás dela e só sentiu alguma coisa quando o acusado desceu no ponto de ônibus.

Ela estava usando uma calça legging preta que foi recolhida pela perícia para a realização de exames, pois continha o sêmen do suspeito. A polícia se mostra surpresa com a atitude das testemunhas que estavam dentro do ônibus e viram que o homem abusava da jovem e não fizeram nada.

A mulher diz não ter visto o homem e testemunhas afirmam que ele é um senhor mais velho, com mais de 40 anos de idade. Ele desceu nas proximidades da fabrica da Coca Cola e não foi mais visto.

A mulher ligou para a Polícia Militar, mas por conta da demora do atendimento ligou para o marido, que foi até a delegacia da Policia Civil e levou a mulher. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga e será enviado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

"Maníaco do 087"

Apelidado pela polícia de Maníaco do 087, Lucimário Luiz da Silva, de 28 anos, foi preso no inicio do mês de agosto pelas delegadas da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) Rosely Molina e Marília Gabriela Brito.

O homem recebeu o codinome porque atacava mulheres que usavam a linha do ônibus 087, que faz o trajeto Terminal Nova Bahia - Centro – um dos mais usados pela população.

Segundo a delegada Molina, a prisão pode ser efetivada depois que vítimas denunciaram a ação do Maníaco.

Ela lembrou que se vê muitos casos na mídia de maníacos, tarados, fazendo esse tipo de violência contra à mulher. Citou casos no Rio de Janeiro, São Paulo, Índia e afirmou que as pessoas não podem ficar quietas diante desses atos. “Se alguém vir algo assim tem que denunciar. Não se pode deixar atos como este acontecer”, pontuou.