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Justiça de MS investiga desvio em Vara que cuida de crimes de lavagem de dinheiro

A 3ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso do Sul, onde tramitam processos como o da Operação Lama Asfáltica - que investiga fraudes em obras públicas no Estado - passará por correição extraordinária no fim deste mês para apurar justamente o desvio de recursos apreendidos durante o andamento das ações.

As suspeitas recaem sobre Jedeão de Oliveira, que entre 1995 e julho deste ano, foi o homem de confiança do juiz titular da Vara, Odilon de Oliveira, conhecido por condenar traficantes da região de fronteira.

De acordo com o site Midiamax, Jedeão foi exonerado do cargo de diretor de secretaria da 3ª Vara em julho, depois de 21 anos trabalhando na Justiça Federal, num cargo comissionado. No mesmo período, o juiz Odilon de Oliveira enviou ofícios à Corregedoria do TRF3 (Tribunal Regional da 3ª Região), responsável por Mato Grosso do Sul e São Paulo, solicitando que fosse antecipada e transformada em extraordinária uma correição ordinária já prevista, para o período de 29 de agosto a 2 de setembro.

Não há, ainda, detalhamento dos valores desviados ou sobre quais processos estão envolvidos e de acordo com o levantamento feito pelo site, tudo indica que o sumiço de dinheiro ocorria quando os valores eram transferidos para a custódia bancária, normalmente feita na Caixa Econômica Federal.

Apesar disso, o pedido foi atendido e a portaria determinando a apuração, assinada pela corregedora Therezinha Cazerta, fala claramente no motivo apontado pelo juiz em seu ofício, "dando conta, entre outros fatos, da ocorrência de desvios de valores apreendido em feitos com trâmite perante a 3ª Vara Federal Criminal de Campo Grande/MS".

A Vara

A Vara é especializada em crimes de Crimes de Lavagem de Dinheiro e contra o Sistema Financeiro Nacional. Em apenas uma das fases da Operação Lama Asfáltica foram apreendidos este ano R$ 648 mil, dos quais R$ 475 mil em reais e R$ 50 mil em dólares.

Nesta mesma unidade da Justiça Federal corre processo em que o valor equivalente a R$ 8 milhões foram apreendidos com um casal.

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