O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) obteve êxito no recebimento das três primeiras denúncias ajuizadas após a Operação Lama Asfáltica. A Justiça Federal reconheceu os fortes indícios de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro e os 13 denunciados pelo MPF agora se tornaram réus em ação penal.
A organização criminosa era composta por políticos, funcionários públicos com vínculo estatutário e contratual com o Estado de Mato Grosso do Sul, bem como administradores de empresas contratadas pelo Poder Executivo. As denúncias apontam para a lavagem de ativos em valores superiores a R$ 45 milhões, por meio da aquisição de fazendas em nome de parentes.
De acordo com o MPF, o dinheiro é fruto de desvio de recursos públicos gerenciados pelo governo de Mato Grosso do Sul.
A investigação revelou que a organização criminosa funcionou, ao menos de 2007 até 2014, no Poder Executivo do Estado de Mato Grosso do Sul, notadamente na Secretaria Estadual de Obras Públicas e de Transportes e na Agência Estadual de Gestão de Empreendimento (Agesul), voltada ao desvio de recursos públicos provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul, União e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Entre os envolvidos na fraude, estão o ex-secretário Estadual de Obras e Transportes do Mato Grosso do Sul e ex-deputado federal, Edson Giroto; o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Paranaíba, Wilson Roberto Mariano de Oliveira; e o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos.
Respondem também pelos crimes Flávio Henrique Garcia Scrocchio, Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto, João Afif Jorge, Mariane Mariano de Oliveira Dornellas, Maria Helena Miranda de Oliveira, João Pedro Figueiró Dornellas, Ana Paula Amorim Dolzan, Ana Lúcia Amorim, Renata Amorim Agnoletto e Elza Cristina Araújo dos Santos.
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