Agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão - Álvaro Rezende/Correio do Estado
Saiba MaisProcurador da Câmara e esposa são presos; 22 prestarão depoimentoGrupo de repressão ao crime organizado procura dois na Capital Operação Midas 2 do Grupo Atuação Especial de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) tinha objetivo de conduzir coercivamente para depoimento 22 pessoas, além das duas prisões do procurador jurídico da Câmara Municipal, André Scaff, e da esposa dele, Karina Scaff. No entanto, decisão do juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, indeferiu pedido do Gaeco e autorizou apenas a notificação dos investigados.
Conforme nota da promotora Cristiane Mourão, a operação é desdobramento de ação iniciada em maio para apurar crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade documental.
Sem autorização para conduzir coercitivamente, ou seja, deter para depoimento, os 22 investigados, o Gaeco cumpriu hoje os dois mandados de prisão preventiva do casal Scaff e outros quatro de busca e apreensão, três deles em Campo Grande e o último em propriedade rural de Nioaque. Na Capital, o escritório de advocacia de Scaff, na Rua Paraíba, é alvo dos agentes desde o início da manhã.
Os 22 investigados devem ser notificados até o fim de hoje. Com isso, eles devem prestar depoimento no Gaeco em dia e hora marcados. Confira abaixo a lista dos 22 investigados:
André Luiz dos Santos
Andreia Silva de Lima
Ariel Dittmar Raghiant
Carlos Augusto Borges
Carlos Gustado Cardoso Coppola
Conrado Jacboina Stephanini
Fávio César Mendes de Oliveira
Guilherme Mullher
João Abib Mansour
João Alberto Krampe Amorim
José Audax Cesar Oliva
José Luiz Moreno Bisogenin
Luciano Fonseca Coppola
Mariana Andrade D'avilla
Olmar Aparecido Moura
Orlando Torres da Silva
Paulo Pedra
Ricardo Schettini Figueiredo
Ricardo Teixeira Albaneze
Sandra Maristela
OUTRO LADO
Ao Portal Correio do Estado o Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), contou ter vendido caminhonete há seis anos para Scaff, mas negou qualquer participação em possíveis atos de corrupção. "Não tenho outro negócio com ele, além dessa caminhonete que não lembro o valor. O André é uma boa pessoa. Trabalhamos juntos em 1986, mas não tive contratos com a prefeitura depois de ser vereador. As perguntas que vierem, vou responder".
Flávio César (PSDB) optou por não comentar possível intimação. Ele deixou a sessão da Câmara Municipal e estaria, conforme sua assessoria, em reunião.
Advogado de André Scaff, José Vanderlei Alves, não foi encontrado pela reportagem para comentar a prisão do cliente.
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