BONITO

Mãe perde a guarda da filha após denunciar ex marido por abuso sexual

Uma mulher, moradora em Bonito, 270 quilômetros distante de Dourados, teve a guarda da filha de apenas três anos, retirada após suspeitar que o pai da menina, um idoso de 60 anos, teria violentado a criança. Ao ser acusado, o homem entrou com o pedido por "alienação parental".

Segundo informações, desde que separou do ex marido, a mulher vem sofrendo sofrendo com a perseguição do homem. Ela até teria obtido uma medida protetiva contra o idoso, mas por conta da insistência dele, ela permitiu a guarda compartilhada.

Há três meses, a criança retornou da casa do pai chorando e reclamando de dores. Ao levar a menina ao médico, foi constatado abuso sexual e o profissional direcionou a mãe, a procurar a delegacia, onde após laudo pericial, o abuso foi descartado e o processo esquecido.

Após denunciar o ex marido, a mulher então decidiu voltar para casa dos pais em Bodoquena, onde a mulher teve a filha levada pelo Conselho Tutelar após o pai conseguir processar a ex esposa por alienação parental.

Segundo o Campo Grande News, a mulher disse que a criança está com o pai, que além de ser suspeito de abusar da própria filha também estaria com idade avançada para cuidar da criança.

"Ela não pode ficar com ele. Não entendo porque tiraram minha filha de mim, eu tenho passagem pela polícia, não tem nada contra, como podem ter feito isso?", reclama a mãe.

A juíza Paulinne Simões de Souza, da Comarca de Bonito, afirma na decisão judicial que ficou evidente que a filha tem ótimo vínculo com o pai, conforme relatado por psicólogo do Centro de Referência Especializado de Assistência Social, CREAS.

"Desse modo, verifica-se que a criança deseja ter contato com o genitor e que este vem atendendo todas as suas necessidades, motivo pelo qual se mostra incabível deferir a guarda unilateral, como requerido na inicial", escreveu.

Ao Campo Grande News, a juíza afirmou que não poderia fornecer informações extras por ser um caso sigiloso, porém, afirmou, "O que posso dizer é que tanto a mãe, quanto o pai estão sendo assistidos pela Defensoria Pública da comarca e que, em breve, haverá uma audiência em que será discutida a questão a guarda da criança. Mas, posso assegurar que de forma alguma iremos tomar uma atitude irresponsável".

Comentários