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Mais de 90% dos eleitores em Dourados não fizeram biometria

Cartórios eleitorais de Mato Grosso do Sul estão realizando o recadastramento biométrico dos eleitores há 8 meses, mas a procura ainda é tímida. Em Dourados, dados do Tribunal Regional Eleitoral (até 6 de outubro) mostram que 93% dos eleitores ainda não procuraram a Justiça Eleitoral para realizarem o procedimento.

Isso quer dizer que do total de 151.715 eleitores apenas 10.135 (6,68%) fizeram o cadastro, ou seja, 141.5 mil eleitores ainda são aguardados nas 18º e 43ª zonas eleitorais. Em dois meses houve um avanço de cerca de 3 mil novos recadastramentos em Dourados.

Em MS, dos 1.861.284 eleitores, 359.6 mil realizaram o cadastro biométrico, restando mais de 1.5 milhão procurarem os cartórios. Em Dourados, o chefe de cartório da 18ª Zona Eleitoral, Conrado Rezende, explica que em MS, o cadastro biométrico é obrigatório apenas para Campo Grande. No entanto, conforme ele, o eleitor que se antecipar poderá evitar tumultos e filas até maio de 2018, quando o prazo termina.

Todos os trabalhos de recadastramento biométrico estão contando com a ajuda do Exército Brasileiro. Em Dourados, os militares estão concentrados no Cartório Eleitoral para a coleta dos dados. A medida foi possível porque houve um Acordo de Cooperação entre o Exército e o Tribunal Regional Eleitoral que garante a possibilidade de cedência de espaço físico, ajuda logística no transporte das equipes de trabalho e a cedência de militares para auxílio no recadastramento biométrico, a fim de contribuir na orientação de filas, atendimento e coleta dos dados de dados biométricos do eleitor. Os atendimentos estão ocorrendo de segunda-feira a sexta-feira das 12h às 18h.

Documentos necessários

Para fazer a Biometria o eleitor precisa levar os documentos: título de eleitor (caso possua), documento de identidade com foto (cópia), comprovante de residência (máximo 12 meses atrás), alistamento militar para primeiro título de homens maiores de 18 anos. O procedimento leva menos de 15 minutos. Para quem está fazendo o título pela primeira vez, já está se cadastrando. É o caso da estudante Carla Freitas que o Progresso mostrou há dois meses. A mãe dela, Silvania Freitas disse que aprova a iniciativa. "É mais segurança na hora de votar", destacou.

Biometria

De acordo com Tribunal Regional Eleitoral, a biometria é uma tecnologia que conferirá ainda mais segurança à identificação do eleitor no momento da votação. O leitor biométrico acoplado à urna eletrônica deve confirmar a identidade de cada eleitor, comparando o dado fornecido (impressões digitais) com todo o banco de dados disponível. A medida torna praticamente inviável a tentativa de fraude na identificação do votante, uma vez que cada pessoa tem impressões digitais únicas.

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