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Manifestação reúne indígenas e sem-terra no centro de Campo Grande

Após marcharem cerca de 30 km, manifestantes de diversas causas incluindo movimentos sociais de trabalhadores rurais sem-terra e indígenas se reuniram na praça Ary Coelho, no centro de Campo Grande, na manhã desta terça-feira (5). Segundo os organizadores, o grupo, com cerca de mil pessoas, saiu do distrito de Anhandui no dia 1º de maio para a manifestação.

Na praça, cerca de 50 indígenas das etnias guarani e caiuá, dançavam e entoavam cantos típicos como forma de protestar. Uma das lideranças do grupo, Anastácio Peralta, disse que a manifestação tinha o objetivo de chamar a atenção para a necessidade do respeito aos direitos dos povos indígenas.

“Não podemos aceitar que um boi tenha mais valor que uma criança indígena. Lutamos pelos nossos direitos, pelas nossas riquezas, que continua sendo roubadas. Vamos levar nossa causa até a ONU [Organização das Nações Unidas]”, disse o indígena.

Também presente a manifestação, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), por meio do seu presidente, Genilson Duarte, disse que o objetivo da entidade era protestar contra o projeto de lei 4330, que regulamenta a terceirização no país.

Já o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reivindicava a aceleração do processo de reforma agrária no estado.

“Há mais de sete anos esperamos por áreas e terras para assentamento, estamos as margens das rodovias em barracos de lona, são 17 mil pessoas vivendo assim, queremos saber da dificuldade do governo em nos atender e queremos um prazo para que algo aconteça”, comentou o representante movimento, Jonas da Conceição.

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