G1 MS
Centenas de manifestantes ocuparam a Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (8), em Campo Grande. Durante a sessão, que foi suspensa por dez minutos e depois encerrada, seria lida a denúncia contra o prefeito Alcides Bernal (PP) e votada a abertura de uma comissão processante.
Os manifestantes atiraram moedas nos vereadores em protesto pelo encerramento da sessão. A Guarda Municipal precisou cercar o plenário. Segundo informações da assessoria de imprensa da Casa de Leis, uma sacola de moedas foi apreendida pelos agentes.
O presidente da Câmara, Mário César (PMDB), chegou a retomar os trabalhos, mas depois encerrou a sessão. Segundo ele, a denúncia contra Bernal e a abertura da comissão processante devem ser votadam na sessão de quinta-feira (10).
Ainda de acordo com o Mário César, a sessão foi encerrada com base no regimento interno da Câmara de Vereadores, que determina que qualquer cidadão pode assistir as sessões, desde que fique em silêncio durante os trabalhos e não manifeste apoio ou desaprovação em relação ao que se passa no plenário.
"Encerramos a sessão por questão de segurança. Acredito que houve uma manobra de mobilizar pessoas para tumultuar a sessão", disse o presidente.
O protesto, intitulado pelos próprios manifestantes como "Luta Contra o Golpe", contou com 12 instituições de classe, entre elas, sindicatos, federações e centrais de trabalhadores.
Após o término da sessão, parte dos manifestantes permaneceu no local. Dos 29 vereadores, 28 estavam presentes no plenário. Também houve discussão entre os parlamentares da base do prefeito e da oposição antes do encerramento da sessão.
Votação
Conforme Fernando Pinéis, procurador jurídico do legislativo, para a abertura da comissão processante, é necessário um quórum de 20 vereadores, contando com o presidente, e 2/3 devem votar a favor da instauração.
Ainda segundo Pineis, a comissão processante é formada por três vereadores, escolhidos por meio de sorteio.
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