O governo estadual voltou atrás e vai adotar o ensino remoto nas escolas de Mato Grosso do Sul, a partir de amanhã, por prazo indeterminado. A medida foi anunciada há pouco pelo governador do Estado, Reinaldo Azambuja, em live extraordinária, levando-se em conta o “volume enorme de contaminações”.
As aulas começaram no dia 1º de março para cerca de 210 mil alunos das 345 escolas da rede estadual. Havia a disposição de se adotar o regime híbrido, mesclando sistema virtual e presencial, respeitando medidas de biossegurança. Hoje, o projeto foi oficilamente descartado.
A suspensão do retorno híbrido já estava sendo esperada, conforme declarações feitas ontem pelo governador. Hoje, foi confirmada e, segundo Reinaldo, a medida foi tomada com base em orientação do COE (Centro de Operações de Emergências), que analisa os números da covid-19 e o risco de infecção nos municípios.
“A variante nova, a P1 é de extrema contaminação e isso fez com que o COE nos recomendasse, para que não volte às aulas presenciais”, disse. A partir de amanhã, a sistema digital estará disponível aos alunos.
Reinaldo diz que o sistema remoto não prejudicará o ensino. “Tivemos inúmeros alunos da rede estadual que adentraram em universidade públicas. Inclusive no curso de Medicina, primeiro lugar oriundo da rede estadual. Isso mostra que o sistema remoto dá resultado”.
O governador não descartou a adoção do sistema híbrido, mas diz que depende de avaliação do COE. “No momento que puder, nós voltamos. Estamos preparados, com todos os kits comprados, todas as medidas adotadas”.
A sugestão de continuar com o ensino remoto, segundo reforçou Reinaldo, foi dada pela Secretaria de Saúde. O titular da pasta, Geraldo Resende, participou da live e usou números desta terça-feira para mostrar a importância das medidas de restrição. “Hoje atingimos o topo durante toda a pandemia de internações. São 725 pacientes internados em leitos clínicos e de UTis. Temos 22 óbitos a anunciar hoje. Já estamos chegando a 3.500 sul-mato-grossenses que perderam a vida”.
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