Ao menos quatro médicos pediram demissão do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em Três Lagoas, distantes 338 km de Campo Grande. O que chama a atenção é a saída repentina da unidade de saúde no município que apresenta neste momento o maior índice de mortes registradas.
Três Lagoas registrou até o momento 52 casos de pessoas contaminadas com a doença, incidência de 58,1 casos a cada 100 mil habitantes. Três pessoas morreram pela covid-19 no município.
Procurado pelo Campo Grande News, o hospital informou que os médicos solicitaram o rompimento contratual e que os profissionais não trabalhavam diretamente com pacientes suspeitos ou com casos confirmados de covid-19. Também apontou que o setor desfalcado, de clínica médica, foi reformulado.
O município tem sofrido com a pandemia, principalmente por estar situado na divisa com São Paulo, onde há mais casos confirmados e também de óbitos provocados pela doença.
O prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) afirma que o município não tem como implementar barreira sanitária, evitando a entrada de pessoas, mas o serviço instalado pelo governo do Estado acaba ajudando a evitar a disseminação do novo coronavírus.
“Três Lagoas é diferenciada, tem a divisa de São Paulo, temos sérias dificuldades, é diferente de outras cidades interligadas ao meio do Estado. A orientação para quem for viajar é que tente da melhor forma o retorno à quarentena, mas não conseguimos fazer a barreira por termos a divisa, é um polo industrial, não é diferente de Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília”, cita.
Segundo ele, somente na divisa com Três Lagoas passaram cerca de 70 mil veículos neste período de funcionamento da barreira sanitária.
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