JUSTIÇA

Menores que roubaram e mataram idoso são "internados" em penitenciária

Dois adolescentes acusados de roubar e matar Sebastião Tomaz da Silva, de 75 anos, na noite de terça-feira, 13, em Bandeirantes, foram internados provisoriamente na penitenciária local. A decisão foi tomada devido a ausência de Unidade Educacional de Internação (Unei) na região.

De acordo com o juiz Vitor Dias Zampieri, da Comarca de Bandeirantes, esta é a medida mais razoável para o caso, possibilitando inclusive seu acompanhamento por familiares, o que seria mais difícil com eventual transferência para uma Unei, considerados distância e custo de viagem.

Os acusados estavam recolhidos na delegacia de Jaraguari, por atos infracionais análogos ao latrocínio e tentativa de homicídio. A permanência dos adolescentes na cadeia pública local está prevista no art. 185 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Para o juiz, a apreensão dos adolescentes era necessária, já que constantemente se envolvem em confusão. Em janeiro deste ano, um dos rapazes foi apreendido depois de furtar e estuprar a avó de 80 anos.

Na ocasião, a idosa foi imobilizada quando estava na cozinha da própria casa. Violento, o neto deu um soco, uma gravata e arrastou a idosa até um quarto, onde a estuprou e furtou R$ 250. Com histórico de furto a residências, o adolescente foi encaminhado para a Unidade Educacional de Internação (Unei) Dom Bosco, na Capital.

Representação apresentada pelo Ministério Público concluiu que, na noite de terça-feira os dois menores e dois adultos invadiram a residência de Sebastião para roubá-lo. A violência das agressões acabou levando a vítima à morte.

CRIME

Sebastião estava dormindo quando os rapazes entraram na casa dele. Um dos menores pegou uma barra de ferro que estava no terreno da residência e golpeou a cabeça do idoso até ter certeza que tinha morrido.

Ao saberem que um segundo homem, de 70 anos, dormia na casa, resolveram matá-lo também. Com a mesma barra de ferro bateram na cabeça do idoso, que foi socorrido a tempo. Os acusados pegaram o dinheiro e dividiram entre si.

Na casa dos fundos da vítima, onde um dos adolescentes morava, a polícia encontrou a barra de ferro suja de sangue. Ao ser questionado, assumiu o crime e apontou os comparsas. Diante do histórico de práticas voltadas para o crime, decidiram pela internação provisória dos adolescentes.

Um dos adultos envolvido no crime está preso, o segundo ainda não foi detido.

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