MidiaMax/Mayara Sá e Evelin Araujo
Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 39 ainda não pagam o piso nacional dos professores, que é de R$ 1.567,00 – valor mínimo estipulado por até 40 horas semanais. Sem a cobertura do total no estado, os professorem lutam para que os municípios cumpram a lei.
Nesta quarta-feira, 24 de abril, os professores paralisam as atividades para chamar a atenção dos políticos e da sociedade para a causa. Será realizado um ato com representação dos estados na Câmara dos Deputados, em Brasília, e também atos locais nas sedes de governo estaduais e municipais pelo país.
Em Mato Grosso do Sul, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação) participa de audiência pública, no plenário da Assembleia Legislativa, com membros da SED (Secretaria Estadual de Educação), membros da CUT (Central Única do Trabalhador) e deputados estaduais.
Várias audiências públicas vão ser realizadas nos 39 municípios que não cumprem a lei entre os dias 23 e 25 de maio.
A Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública já se tornou tradicional nos debates das questões educacionais. O presidente da Fetems, Roberto Magno Botareli, revela que a discussão deveria ser em torno da valorização do profissional da educação, mas com tantas cidades no estado que não cumprem a lei, eles ainda brigam pelo pagamento do piso.
Ranking salarial
A Fetems publicou nesta segunda-feira (22) o ranking salarial do Mato Grosso do Sul, que traz especificado o valor dos salários do magistério nas redes municipais e rede estadual de MS, e também as administrações públicas que cumprem na íntegra a Lei do Piso Salarial Nacional, n° 11.738, pagam o piso de R$ 1.567,00 ou mais e concedem 1/3 de hora-atividade para o planejamento de aulas.
A divulgação do ranking salarial faz parte da programação da Greve Nacional em Mato Grosso do Sul. O município de Corumbá aparece como primeiro colocado no ranking com o piso de R$ 2.456,00, seguido por Campo Grande (R$ 2.382,05), Paranaíba (R$ 2.019,60), Naviraí (R$1.913,02) e Paranhos (R$ 1.871,98). Em último lugar está o município de Bodoquena, que paga o piso de R$ 1.180,02.
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