O que era para ser um dia divertido em família terminou no hospital após o motorista de aplicativo Mauro Aparecido Moris Netto, de 42 anos, sofrer um acidente em um parque aquático de Campo Grande. No domingo, dia 19 de janeiro, ele caiu de tobogã no Eco Park, bateu a cabeça no fundo da piscina e teve de ser levado às pressas para o hospital, onde recebeu o diagnóstico de paraplegia. Com isto, ele terá de locomover com auxílio de cadeira de rodas.
À reportagem do site Campo Grande News, a funcionária pública Juliana da Silva Moris, de 35 anos, contou que o marido estava brincando com a filha caçula do casal, de 8 anos, quando escorregou e caiu de cabeça na piscina. "Só enxergava sangue e ele se debatendo", lembra Juliana.
Segundo Juliana, outra pessoa que estava na piscina auxiliou o marido dela. "Pensei que fosse só uma batida na cabeça, não tinha noção da gravidade", diz.
As consequências do acidente só foram percebidas após a chegada na Santa Casa, quando os médicos informaram que duas vértebras de Mauro tinham sido esmiuçadas e a medula espinhal lesionada.
Juliana lamenta o tratamento dado pelo parque aquático no momento do acidente. "Fico triste pela demora no socorro deles. Naquele dia tinha mais de duas mil pessoas lá dentro e nenhum socorrista especializado ou médico. A ambulância demorou a chegar, entrou no parque e quando foi sair eles tinham trancado com cadeado de novo", conta.
A funcionária pública lembra de ter visto crianças brincando na água que já estava manchada de sangue e outras pessoas ao redor do marido dela."Achei sem humanidade. Ninguém me perguntou o que estava acontecendo. Não falaram de cuidar dos meus filhos enquanto eu estava indo para o hospital".
Dias após o acidente ela conta ter recebido a ligação de uma representante do parque questionando sobre as necessidades da família. O primeiro contato ocorreu no sábado, mas segundo Juliana, até o momento não teve outro.
E segundo Juliana, não são poucas as necessidades da família já que Mauro ficava responsável pela maior parte das contas da casa. "Nesse momento, os parentes estão ajudando muito".
Mauro continua internado no setor de ortopedia da Santa Casa e sem previsão de alta. Juliana conta que os médicos comemoram o fato de ele não precisar respirar por aparelhos “porque foi muito sério”. Ela teve de tomar remédios controlados para se acalmar logo após o acidente quando a pressão arterial ficou bem acima do normal. “Quase tive um treco. A gente vai para se divertir e não acha que vai acontecer uma coisa dessas”, finaliza.
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