Motorista da empresa Medianeira Transportes não viu quebra-molas na rodovia Guaicurus, de acesso à Cidade Universitária, rampou e deixou pelo menos três estudantes feridos. Outros alunos tiveram ferimentos leves. O acidente ocorreu por volta das 18h40 de ontem, próximo ao Exército. A Guaicurus está com obras paralisadas devido a chuva e falta sinalização ao longo dos 12 km da via.
O ônibus que fazia a linha Cidade Universitária era articulado e transportava acadêmicos da Universidade Federal da Grande Dourados(UFGD) e da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). O coletivo estava lotado e na hora que rampou o quebra-molas passageiros foram atirados uns contra os outros.
A estudante Michele Ribeiro estava sentada no último banco do ônibus e foi arremessado contra o teto. Ela teve corte na cabeça e sangrou muito. Outros dois estudantes também se feriram, porém sem gravidade. Um deles reclamava de dores abdominais, por ter batido contra as ferragens do ônibus, e um terceiro caiu no chão e sofreu raladuras.
Lucas Pereira Souza, do curso de Artes Cênicas, estava no coletivo e disse que no momento que ônibus passou pelo quebra-molas quem não se apoiava firme foi lançado. "Foi um grande susto. Muitos foram atirados contra os outros, alguns caíram e outros bateram nas laterais e corrimão do ônibus", relata o estudante, revoltado com a situação.
Após o episódio, segundo os estudantes, o ônibus parou no acostamento e o Samu e Bombeiros foram acionados. Como Michele não parava de sangrar - ela teve corte na cabeça ao bater no teto - alguns alunos pediram socorro por motoristas que passavam pela rodovia. Michele foi encaminhada ao Hospital Evangélico. "Ela levou quase 20 pontos, mas está bem", conta David Rezende, namorado de Michele.
Segundo o rapaz, a namorada passou por exames, mas nada foi constatado. "Fico indignado porque entre sete e onze da noite não consegui contato com a equipe da Medianeira. Somente após às onze é que a empresa comunicou o hospital e a partir daí minha namorada realizou os exames, pois antes só fizeram curativo e deram pontos", disse ele. O Hospital Evangélico é particular.
O gerente da Medianeira Transportes, Marcelo Saccol, disse ao Dourados Agora que o motorista não viu o quebra-molas em razão da falta de sinalização na Guaicurus. "Chovia no momento e isso dificultou ainda mais a visibilidade", modera o gerente. Ele ainda falou que a estudante Michele, a única que precisou ser levada ao Hospital, recebeu atenção da Medianeira e os outros dois, sem gravidade, foram atendidos e liberados. "Sei que um deles chegou a ser levado ao UPA e o outro foi atendido no próprio ambulatório da universidade".
Marcelo reclama da falta de sinalização na Guaicurus, que está com obras paralisadas devido a chuva. Depois que Reinaldo Azambuja assumiu o governo do Estado, o trabalho começou a ser executado de forma lenta. Os recursos da obra foram cancelados no final de dezembro, antes de André Puccinelli deixar o governo, mas Reinaldo decidiu retomar os serviços, após certificar a importância da duplicação da Guaicurus.
O servidor público Franz Mendes, da comissão duplicação pró-Guaicurus, disse que semana que vem se reunirá com a equipe da Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), responsável pelas obras. Entre as reivindicações de melhorias, ele vai pedir sinalização na via. Essa não é a primeira vez que ele apela ao órgão para pedir mais atenção às obras.
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