Campo Grande News
Mais um caso de agressão a mulher choca pela crueldade com que o marido espancou a vítima durante uma sessão de horror que durou mais de 5 horas. Humberto Siqueira do Nascimento, 35 anos, agrediu a mulher, também de 35 anos, da noite de ontem (27) até a madrugada de hoje. Tudo aconteceu na residência do casal que morava junto há três anos no bairro Morenão.
Segundo os depoimentos estarrecedores da mulher, Humberto nunca deu sinais de agressividade e a discussão começou por volta das 22 horas quando a vítima descobriu que o marido estava foragido da Justiça. Humberto fugiu da colônia penal agrícola da Capital. “Eu descobri que ele estava em débito com a Justiça e pedi a separação”, conta a mulher.
Diante da situação, a vítima pediu a separação, condição que revoltou Humberto. A partir daí, começaram os espancamentos com crueldade. O homem bateu na vítima com socos, chutes, fio de eletricidade, faca e a arrastou pelos cabelos.
A mulher teve vários ferimentos pelo corpo, inclusive, cortes. O que mais chamou a atenção da polícia no caso foi a crueldade de Humberto. Entre um espancamento e outro, ele mandou a mulher ajoelhar no chão e rezar para que o sangue dela não sujasse o cobertor do casal.
As agressões foram tantas que a vítima chegou a desmaiar e foi acordada com água gelada. Durante a sessão de horror, Humberto consumiu 10 latas de cerveja e o espancamento só acabou depois que ele dormiu. Antes de pegar no sono, o agressor escondeu os celulares da casa para que a vítima não chamasse a polícia.
Depois que Humberto dormiu, a mulher conseguiu pegar um dos celulares e chamar a polícia. Com medo de a viatura dos policiais acordar o marido, a vítima vestiu uma roupa preta e passou manteiga na janela para abrir o item sem fazer barulho.
A vítima pulou a janela, saiu da casa e acenou para os policiais militares que passavam na rua. Bastante abalada, a vítima foi levada para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga e o marido foi preso.
Ao delegado Carlos Delano Gehring, a vítima contou que convivia há três anos com Humberto e ele nunca a agrediu. Depois de sobreviver à sessão de crueldade, a mulher foi levada ao Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) onde passará por exame de corpo de delito. Ela pediu à polícia a medida protetiva para protegê-la contra o agressor.
O delegado arbitrou fiança de R$ 14 mil e o marido segue preso na 4ª delegacia de polícia da Capital. Além de ser foragido da Colônia Penal Agrícola, Humberto tem passagens na polícia por roubo e violência doméstica.
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