do Campo Grande News

O ex-prefeito de Aquidauana e ex-deputado estadual Raul Freixes, preso desde domingo (25) por desvio de dinheiro público, estaria sendo ameaçado por detentos do presídio de regime aberto em Campo Grande, segundo o advogado dele, Douglas de Oliveira Santos.

Freixes apresentou durante algum tempo o programa policial 'O Povo na TV', na antes TV Campo Grande, hoje SBT MS e mostrava matérias policiais com apelo sensacionalista, emitindo opinião sobre os autores de delitos dos quais as notícias tratavam. Agora, também na cadeia, Freixes tem medo.

Ainda de acordo com o advogado, nos últimos dois dias em que esteve preso, detentos tentaram invadir a cela onde Raul está. “Sofreu intensas ameaças”, disse.

Ainda segundo a defesa, o ex-político e apresentador de TV toma uma série de medicamentos por conta de uma depressão profunda e síndrome do pânico. O advogado inclusive garante que temo o risco de o cliente cometer suicídio.

Prognóstico que inclusive foi atestado pelo médico psiquiatra Juberty de Souza nesta terça-feira (27), onde fez uma consulta por volta de 11h.

A defesa de Raul Freixes entrará com um pedido no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, para que ele cumpra pena em regime domiciliar.

Condenação

A condenação foi determinada pelo juiz da 2ª Vara de Execução Penal, Albino Coimbra Neto. Pela pena estabelecida pela Justiça, Freixes pode sair de dia para trabalhar, mas deve retornar a noite para dormir na cadeia. O acusado foi preso pela Polícia Civil, na manhã do último domingo (25), em sua casa em Campo Grande.

Freixes foi condenado por desviar dinheiro público enquanto ocupava o cargo de prefeito em Aquidauana – distante a 143 km de Campo Grande. O MPE (Ministério Público Estadual) moveu ação penal contra ele e outros ex-servidores devido a uma retirada de R$ 61 mil dos cofres municipais.

Ele foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão, além da inabilitação por cinco anos para o exercício de cargo ou função pública. A ficha de Freixes conta com outras condenações judiciais. Em 2008, o ex-prefeito também foi condenado por simular pagamento a uma empreiteira no valor de R$ 100 mil, poucos dias antes de deixar a cargo na prefeitura.