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No segundo dia de greve, professores voltam a pressionar a Câmara

Professores mantêm paralisação, nesta terça-feira (26), no segundo dia de greve em escolas municipais de Campo Grande. Eles pretendem cobrar novamente os vereadores pelo cumprimento de lei que adequa salários ao piso nacional. Ao mesmo tempo que apresentou contraproposta, a prefeitura aguarda decisão judicial para que os profissionais retornem as salas de aula.

Conforme o presidente do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Geraldo Gonçalves, a presença dos professores durante sessão da Câmara Municipal servirá de lembrete para que os vereadores mantenham “pressão” sobre o prefeito pelo cumprimento de legislação local sobre a incorporação do piso nacional por carga horária de 20 horas semanais.

“Eles são responsáveis também pelo que está acontecendo. Lamentamos ainda que a prefeitura tenha, de forma velada, ajuizado ação contra os trabalhadores pedindo multa diária de R$ 25 mil. A prefeitura tem disseminado desentendimento e seria bom que tomasse juízo, valorizando os trabalhadores”, disse Geraldo, ressaltando não haver concessão de liminar até o momento.

Na tarde de ontem (25), contraproposta da prefeitura confirmava ajuste de 13% para que o piso salarial fosse cumprido, porém os detalhes serão apresentados somente em assembleia da categoria, às 14h, na sede da ACP.

Das 95 escolas municipais, o sindicato avalia que ao menos 50% estariam fechadas hoje. No primeiro dia de paralisação 48 delas mantiveram as aulas.

A rede municipal de ensino possui 100 mil alunos e a principal exigência dos professores é o cumprimento da Lei Federal 11.738/08, que estabelece piso nacional de R$ 1.917,78 para o magistério. Pela Lei Municipal 5.411/14, proposta pela própria prefeitura, o valor seria incorporado por carga horária de 20 horas semanais.

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